domingo, 12 de agosto de 2012

EUA impõem novas sanções para impedir apoio de aliados ao regime sírio


WASHINGTON
O governo americano anunciou ontem a  imposição de novas sanções à Síria e ao Hezbollah, movimento radical xiita libanês  respaldado por Damasco.    Com as punições, o governo de   Barack Obama pretende  coibir o auxílio dado pelo Irã e  pelo grupo islâmico ao regime   de Bashar Assad na repressão  a civis e rebeldes. Os americanos esperam também que as punições incentivem países   com negócios com os sírios a  seguir o exemplo.  A estatal petroleira Sytrol foi punida por ter cedido US$36 milhões em gasolina ao Irã em    abril.Em troca,segundo o governo americano, Teerã enviou suprimentos ao Exército sírio e a    milícias controladas por Assad. “Essa ajuda foi utilizada para conduzir abusos de direitos humanos grosseiros contra o povo sírio”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell. O Departamento do Tesouro
dos EUA também impôs sanções ao Hezbollah.O grupo xiita foi acusado de treinar, auxiliar e dar apoio logístico ao regime sírio, também com ajuda do Irã. “O amplo apoio do Hezbollah ao governo sírio e sua violenta repressão expõe uma verdadeira natureza  dessa organização terrorista e sua presença desestabilizadora a região”, disse o coordenador   das sanções, David Cohen.

   Para o chefe de contraterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin, as sanções devem ser seguidas por outros países. “Isso reduziria a margem de manobra do Hezbollah”, declarou.  
   De acordo com a diplomacia americana, as punições também fazem parte das sanções impostas ao Irã em razão do programa nuclear do país. “Os EUA continuam  contrários à venda de petróleo refinado ao Irã e empregará todas as medias para impedir isso”, afirmou Ventrell.
                                         Guerra. Rebelde dispara contra soldados de Assad em Alepo


     As medidas devem ter pequeno efeito prático, uma vez que empresas americanas não fazem negócios com o Hezbollah desde a década de 90. Desde o ano passado, Obama proibiu importações da Síria e congelou bens de membros do regime de Assad.  Fonte: Estado






Jornais de Israel falam em ataque iminente contra Irã!


JERUSALÉM – O premier e o ministro da Defesa de Israel gostariam de atacar as centrais nucleares iranianas antes da eleição americana, marcada para novembro próximo, mas falta apoio dentro do próprio governo e entre os militares, afirmou o jornal israelense “Yedioth Ahronoth” nesta sexta-feira.

De acordo com o diário, a guerra contra o Irã pode ser iminente, mesmo que isto signifique a ruptura da relação estreita entre Israel e EUA. Recentemente, informações do governo vazadas pela imprensa ajudaram a fomentar especulações de que um conflito armado com Teerã estaria perto de eclodir.

“Se dependesse de Benjamin Netanyahu e Ehud Barak, um ataque militar israelense a plantas nucleares no Irã aconteceriam nos próximos meses do outono, antes das eleições de novembro, nos EUA”, diz o jornal, referindo-se ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa, respectivamente.

Os porta-vozes de Netanyahu e Barak se recusaram a comentar a reportagem.
“Yedioth Ahronoth”, o jornal de maior circulação no país, diz que os dois fracassaram ao tentar convencer ministros sobre um ataque imediato ao Irã. Eles enfrentariam também problemas com os militares, que teriam alertado que a ofensiva teria de enfrentar muitos obstáculos táticos e estratégicos.

Há tempos, Israel ameaça atacar o Irã. O governo de Netanyahu vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça a Israel, apesar de Teerã afirmar que o projeto não tem fins militares. Enquanto isso, Washington tenta acalmar seu aliado e pede que Israel dê mais tempo para a diplomacia. Os EUA já disseram que uma ação militar será a última opção contra o Irã.

Um pesquisa da Reuters, divulgada em março deste ano, mostrou que a maioria dos americanos apoiaria uma guerra contra o Irã, liderada ou por Israel ou pelos próprios EUA, mesmo que isto signifique um aumento no preço da gasolina.

Mas o presidente Barack Obama, que busca a reeleição, se mostrou claramente contrário a um possível ataque israelense, que ele disse ser uma ação unilateral prematura. Recentemente, ele enviou membros do alto escalão de Washington para tentar acalmar os ânimos de Netanyahu.

Segundo a reportagem do “Yedioth Ahronoth”, alguns assessores dos governos de Israel e dos EUA acreditam que um ataque antes de novembro pode constranger Obama e aumentar as chances de o republicano Mitt Romney – um amigo de longa data de Netanyahu – vencer as eleições. Ainda de acordo com o jornal, o objetivo seria obrigar os EUA a entrarem no conflito contra o Irã, mas fontes dizem que o ministro da Defesa, Ehud Barak, não crê nessa possibilidade.

“Ele (Barak) acredita que os EUA não vão à guerra, mas vão fazer de tudo para acabar com o conflito. Darão a Israel as chaves para seus armazéns de munição, que foram construídos em Israel. Israel não precisa de mais do que isso”, diz o jornal.

Nesta sexta-feira, o jornal “Haaretz” publicou uma reportagem com uma autoridade cujo nome não foi informado, dizendo que no governo de Netanyahu cresce o sentimento de que o Irã é mais perigoso do que os vizinhos árabes de Israel na véspera da Guerra dos Seis Dias, em 1967. E este pensamento parece estar se espalhando pela população do país. Uma pesquisa divulgada nesta manhã mostrou que 41% dos israelenses não acreditam que pressões não militares farão efeito contra o Irã, enquanto só 22% ainda creem na diplomacia para resolver o problema com o regime dos aiatolás. FONTE: O Globo