domingo, 12 de agosto de 2012

EUA impõem novas sanções para impedir apoio de aliados ao regime sírio


WASHINGTON
O governo americano anunciou ontem a  imposição de novas sanções à Síria e ao Hezbollah, movimento radical xiita libanês  respaldado por Damasco.    Com as punições, o governo de   Barack Obama pretende  coibir o auxílio dado pelo Irã e  pelo grupo islâmico ao regime   de Bashar Assad na repressão  a civis e rebeldes. Os americanos esperam também que as punições incentivem países   com negócios com os sírios a  seguir o exemplo.  A estatal petroleira Sytrol foi punida por ter cedido US$36 milhões em gasolina ao Irã em    abril.Em troca,segundo o governo americano, Teerã enviou suprimentos ao Exército sírio e a    milícias controladas por Assad. “Essa ajuda foi utilizada para conduzir abusos de direitos humanos grosseiros contra o povo sírio”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell. O Departamento do Tesouro
dos EUA também impôs sanções ao Hezbollah.O grupo xiita foi acusado de treinar, auxiliar e dar apoio logístico ao regime sírio, também com ajuda do Irã. “O amplo apoio do Hezbollah ao governo sírio e sua violenta repressão expõe uma verdadeira natureza  dessa organização terrorista e sua presença desestabilizadora a região”, disse o coordenador   das sanções, David Cohen.

   Para o chefe de contraterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin, as sanções devem ser seguidas por outros países. “Isso reduziria a margem de manobra do Hezbollah”, declarou.  
   De acordo com a diplomacia americana, as punições também fazem parte das sanções impostas ao Irã em razão do programa nuclear do país. “Os EUA continuam  contrários à venda de petróleo refinado ao Irã e empregará todas as medias para impedir isso”, afirmou Ventrell.
                                         Guerra. Rebelde dispara contra soldados de Assad em Alepo


     As medidas devem ter pequeno efeito prático, uma vez que empresas americanas não fazem negócios com o Hezbollah desde a década de 90. Desde o ano passado, Obama proibiu importações da Síria e congelou bens de membros do regime de Assad.  Fonte: Estado






Jornais de Israel falam em ataque iminente contra Irã!


JERUSALÉM – O premier e o ministro da Defesa de Israel gostariam de atacar as centrais nucleares iranianas antes da eleição americana, marcada para novembro próximo, mas falta apoio dentro do próprio governo e entre os militares, afirmou o jornal israelense “Yedioth Ahronoth” nesta sexta-feira.

De acordo com o diário, a guerra contra o Irã pode ser iminente, mesmo que isto signifique a ruptura da relação estreita entre Israel e EUA. Recentemente, informações do governo vazadas pela imprensa ajudaram a fomentar especulações de que um conflito armado com Teerã estaria perto de eclodir.

“Se dependesse de Benjamin Netanyahu e Ehud Barak, um ataque militar israelense a plantas nucleares no Irã aconteceriam nos próximos meses do outono, antes das eleições de novembro, nos EUA”, diz o jornal, referindo-se ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa, respectivamente.

Os porta-vozes de Netanyahu e Barak se recusaram a comentar a reportagem.
“Yedioth Ahronoth”, o jornal de maior circulação no país, diz que os dois fracassaram ao tentar convencer ministros sobre um ataque imediato ao Irã. Eles enfrentariam também problemas com os militares, que teriam alertado que a ofensiva teria de enfrentar muitos obstáculos táticos e estratégicos.

Há tempos, Israel ameaça atacar o Irã. O governo de Netanyahu vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça a Israel, apesar de Teerã afirmar que o projeto não tem fins militares. Enquanto isso, Washington tenta acalmar seu aliado e pede que Israel dê mais tempo para a diplomacia. Os EUA já disseram que uma ação militar será a última opção contra o Irã.

Um pesquisa da Reuters, divulgada em março deste ano, mostrou que a maioria dos americanos apoiaria uma guerra contra o Irã, liderada ou por Israel ou pelos próprios EUA, mesmo que isto signifique um aumento no preço da gasolina.

Mas o presidente Barack Obama, que busca a reeleição, se mostrou claramente contrário a um possível ataque israelense, que ele disse ser uma ação unilateral prematura. Recentemente, ele enviou membros do alto escalão de Washington para tentar acalmar os ânimos de Netanyahu.

Segundo a reportagem do “Yedioth Ahronoth”, alguns assessores dos governos de Israel e dos EUA acreditam que um ataque antes de novembro pode constranger Obama e aumentar as chances de o republicano Mitt Romney – um amigo de longa data de Netanyahu – vencer as eleições. Ainda de acordo com o jornal, o objetivo seria obrigar os EUA a entrarem no conflito contra o Irã, mas fontes dizem que o ministro da Defesa, Ehud Barak, não crê nessa possibilidade.

“Ele (Barak) acredita que os EUA não vão à guerra, mas vão fazer de tudo para acabar com o conflito. Darão a Israel as chaves para seus armazéns de munição, que foram construídos em Israel. Israel não precisa de mais do que isso”, diz o jornal.

Nesta sexta-feira, o jornal “Haaretz” publicou uma reportagem com uma autoridade cujo nome não foi informado, dizendo que no governo de Netanyahu cresce o sentimento de que o Irã é mais perigoso do que os vizinhos árabes de Israel na véspera da Guerra dos Seis Dias, em 1967. E este pensamento parece estar se espalhando pela população do país. Uma pesquisa divulgada nesta manhã mostrou que 41% dos israelenses não acreditam que pressões não militares farão efeito contra o Irã, enquanto só 22% ainda creem na diplomacia para resolver o problema com o regime dos aiatolás. FONTE: O Globo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ONG: cresce número de jornalistas mortos em 2010

Com 59 jornalistas mortos no exercício da profissão no correr dos primeiros seis meses do ano, contra 53 em 2009, os meios de comunicação pagaram um grande tributo às guerras e conflitos internos, informou a ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC).
Por continentes, a América Latina detém o recorde de jornalistas assassinados em seis meses (24 no total), seguida da Ásia (14). A África apresenta uma preocupante tendência em alta (9), constata a PEC.
Os países mais perigosos para os jornalistas foram o México, com nove profissionais mortos, Honduras (8), Paquistão (6), Nigéria (4) e Filipinas (4), segundo esta ONG com sede em Genebra e que milita a favor de uma melhor proteção dos jornalistas nas zonas de conflito.
Outros três jornalistas morreram na Colômbia, três na Rússia, dois na Venezuela, Iraque, Nepal e Tailândia.
Um jornalista morreu em cada um dos seguintes países: Afeganistão, Angola, Bangladesh, Brasil, Bulgária, Camarões, Chipre, Equador, Israel, República Democrática do Congo (RDC), Ruanda, Turquia, Somália, Iêmen.
As causas de todas as mortes são varidas, mas os profissionais foram particularmente vítimas da guerra entre traficantes de drogas.
O número de jornalistas não deixaram de aumentar nos últimos anos. Em 2009, a PEC contabilizou 122 jornalistas mortos, contra 91 no ano anterior. A relação de vítimas completa está em www.pressemblem.ch.

Polônia diz adeus a Kaczynski e se volta à integração europeia


A vitória do liberal Bronislaw Komorowski nas eleições presidenciais da Polônia abre o caminho do país rumo a uma mais profunda integração política e deixa para trás figuras tão polêmicas como o conservador Jaroslaw Kaczynski, muito criticado em Bruxelas por seu nacionalismo e intolerância.

O processo era lento e inexorável. Começou em 2007, com a derrota parlamentar do partido Lei e Justiça (PiS), quando Jaroslaw Kaczynski perdeu a oportunidade de continuar à frente do Executivo e cedeu ao impulso liberal.

A morte no acidente aéreo de seu irmão gêmeo e chefe de Estado, Lech Kaczynski - junto a membros da elite conservadora polonesa -, acelerou o declínio do partido ao privá-lo de muitas de suas principais figuras.
Agora a Polônia fica definitivamente dominada pelos liberais de Plataforma Cívica (PO), com Donald Tusk como primeiro-ministro e Bronislaw Komorowski como futuro presidente da República.
Para o parlamentar Jacek Kurski, do PiS, "Komorowski não governará sozinho", mas sua Presidência será dirigida por Tusk, o que torna impossível esperar políticas ativas e críticas por parte do próximo chefe de Estado, pregado aos interesses do Governo.
Espera-se que Komorowski coopere com o Executivo liberal, com um mandato que em alguns momentos chegue inclusive a ser qualificado de dócil, a fim de levar adiante as reformas duras e imprescindíveis que Tusk pretende iniciar para apoiar a economia.
Como explica o analista Pawel Fafar, os poloneses demonstraram que estavam "fartos" dos conflitos entre primeiro-ministro e presidente, e optaram pelo candidato mais moderado, mas firme defensor do consenso e do acordo como ferramentas políticas.
Os votos do eleitorado de esquerda foram decisivos para a vitória de Komorowski, que durante sua campanha eleitoral manteve um cortejo evidente com a Aliança Esquerda Democrática (SLD), cujo líder, Grzegorz Napieralski, havia sido o terceiro mais votado no primeiro turno, com 13%.

"Sem nós não teria conseguido ganhar", afirmou o parlamentar Ryszard Kalisz, da SLD, satisfeito com os resultados de ontem.

É justamente agora quando o liberal deve pensar em como materializar as promessas que fez aos setores da esquerda dias atrás, entre as quais estão o financiamento dos tratamentos de fertilização in vitro e a saída das tropas polonesas mobilizadas no Afeganistão.
A parlamentar conservadora Ewa Kierzkowska alerta agora que esse apoio exigirá algo em troca. "Após vencer as eleições, o primeiro-ministro Tusk terá de cumprir as promessas de Komorowski".
Apesar do desempenho da esquerda, a eleição de ontem confirma que a Polônia continua situada à direita da arena política, imersa entre dois modelos bastante similares, não obstante as vontades de seus líderes e eleitores.
São opções similares que, no entanto, mantêm a população dividida. Tal divisão até se refletia territorialmente, já que foi o Leste do país - mais pobre -, e as zonas rurais que apoiaram Kaczynski, enquanto as cidades e o Oeste - mais desenvolvido - votaram majoritariamente por Komorowski.
Os resultados também certificam a linha que a Polônia seguirá no futuro, com um presidente que procura reforçar o diálogo, a posição polonesa no fórum internacional, europeísta e representante dos interesses do mundo dos negócios.
A opção desprezada, representada por Jaroslaw Kaczynski, deixa fora de jogo um político percebido como um grande patriota, que encarna as demandas dos trabalhadores e que pretende atender aos interesses nacionais acima de tudo, embora também seja considerado polêmico em excesso e pouco disposto a buscar soluções de consenso.
Ontem à noite, Kaczynski se sobrepunha à derrota e pedia a mobilização de seus seguidores e o início da luta pelas eleições parlamentares do ano que vem.

Após sanções, países se negam a reabastecer aviões iranianos

Reino Unido, Alemanha e Emirados Árabes Unidos se recusam a abastecer os aviões iranianos de passageiros que transitarem por seus aeroportos, informou a Associação de Companhias Aéreas Iranianas, citada nesta seguna-feira pelas agências Irna e Isna.
Segundo as fontes, a medida começou a ser aplicada na semana passada e é consequência das sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos contra Irã por seu controvertido programa nuclear.
"Desde a semana passada, depois da adoção das sanções unilaterais e das sanções americanas contra o Irã, os aeroportos da Grã-Bretanha, Alemanha e Emirados Árabes Unidos se negam a abastecer os aviões iranianos", declarou Mehdi Aliyari, secretário da Associação de Companhias Aéreas Iranianas, citado pela Isna.
"As companhias Iran Air (nacional) e Mahan (privada), que têm inúmeros voos para a Europa, tiveram problemas", acrescentou.
Aliyari pediu à Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) que intervenha para declarar "ilegal a aplicação dessas sanções".
"O ministério das Relações Exteriores, a organização nacional da aviação civil, o ministério dos Transportes atuarão contra esta ação ilegal americano", acrescentou.

Segundo a Irna, o Kuwait também se nega a abastecer os aviões iranianos.

Gasto da BP com maré negra no golfo chega a US$ 3,12 bilhões



O grupo petroleiro britânico BP anunciou nesta segunda-feira que a maré negra provocada pela explosão de uma de suas plataformas no Golfo do México já custou US$ 3,12 bilhões, uma fatura em alta de US$ 500 milhões em relação à semana passada.
No domingo, os dois sistemas instalados para recuperar o petróleo vazado permitiram recolher 25.198 barris de petróleo, ou seja, um total de 585.400 barris recuperados assim desde o início do vazamento, segundo comunicado da BP.
A limpeza do petróleo foi retomada em algumas parte do Golfo do México, apesar de alguns barcos não terem condições de navegar por causa das fortes ondas, o que dificulta os esforços para conter a pior maré negra da história americana.
Mas um gigantesco navio taiuanês, que chegou no sábado ao local onde continua vazando petróleo da plataforma destruída por uma explosão há mais de dois meses, retomou pouco a pouco as operações de limpeza, depois de vários dias de fortes perturbações causadas pela tempestade tropical Alex.

A embarcação do tipo cisterna "A Whale", propriedade da companhia taiuanesa TMT Group, tem 275 m de extensão e pode recuperar até 500 mil barris por dia (80 milhões de litros), contra os 2,5 milhões de barris recuperados nas últimas dez semanas por todos os pequenos barcos posicionados no golfo para participar nessas operações.
"Absorve o petróleo e a água 'empetrolada' e depois filtra o petróleo e expele a água", disse o porta-voz da BP Toby Odone.
Outro navio, o "Hélix Producer", começará as tarefas de contenção na quarta-feira. Funcionários afirmaram que graças a este navio terão uma melhor estimativa do fluxo atual de petróleo, "apenas pelo aspecto do petróleo que sai pelo tampão", disse o almirante Thad Allen, presidente da BP, a petroleira britânica responsável pelo acidente.
As fortes marés e ventos provocados pela passagem da tempestade Alex atrasaram os esforços de limpeza, empurrando mais petróleo para o interior e espalhando óleo da Louisiana para a Flórida.

"A tarefa de limpeza será longa e árdua durante os próximos dias", explicou na véspera o contra-almirante Paul Zukunft.

"Estou especialmente preocupado com a fauna local."

Apesar dos esforços de contenção, "não estamos a salvo ainda", advertiu.
A situação atrapalhou algumas celebrações pelo Dia da Independência neste domingo.
Embora em Grand Isle, Louisiana, algumas bandeiras americanas ondeassem, as famílias não passaram o dia na praia como geralmente fazem neste dia festivo. As pessoas optaram por encher piscinas infláveis e instalá-las a poucos metros dos restaurantes de mariscos que estavam fechados.
"Não pisei na praia nas últimas semanas", disse Amy Lafourt, um garçom de Artie, um bar localizado na praia.
O poço continua vazando entre 30 mil e 60 mil barris por dia desde que a plataforma operada pela British Petroleum (BP) afundou no último dia 22 de abril.
Estima-se que entre 1,6 a 3,6 milhões de barris de petróleo vazaram no Golfo do México desde o acidente.
De acordo com estas cifras, este desastre é de maior magnitude que o derramamento de Ixtoc de 1979 que derramou em torno de 3,3 milhões de barris no Golfo do México.
O único antecedente mais grave é o vazamento intencional de petróleo pelas tropas iraquianas no Kuwait durante a Guerra do Golfo em 1991 que derramou de seis a oito milhões de barris de petróleo.
Posteriormente, terão de decidir se o sistema existente de limpeza deve permanecer ou se deverão substituí-lo por outro sistema capaz de recolher 80 mil barris de petróleo por dia.

Polícia mantém Urumqi sob controle um ano após tensão étnica



A polícia armou um dispositivo de controle nesta segunda-feira na capital da região de Xinjiang, Urumqi, no noroeste da China, cidade submetida à forte tensão depois dos distúrbios interétnicos ocorridos há exatamente um ano.
Em 5 de julho de 2009 explodiram violentos distúrbios alimentados pelo ressentimento de uma parte da minoria uigur - muçulmana e de língua turca - pela dominação chinesa representada pelos hans.
Nos dias seguintes, grupos de hans, armados de facas e barras de ferro, saíram às ruas para se vingar.
Nesta segunda, Urumqi estava em calma, depopis que as autoridades aconselharam aos uigures que não saíssem de casa.
Centenas de policiais foram mobilizados principalmente no bairro uigur, onde patrulhavam as forças antidistúrbios com capacetes e escudos.
Oficialmente, 200 pessoas morreram e 1,7 mil ficaram feridas em 5 de julho de 2009. As autoridades chinesas acusaram os "separatistas étnicos" de terem fomentado essas violências.
Duzentas pessoas foram condenadas pela justiça e 26 setenciada à pena capital, sendo que nove já foram executadas, segundo a imprensa chinesa.

Entrevista coletiva de Lula ao lado do ditador da Guiné Equatorial é cancelada


A coletiva prevista na agenda da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guiné Equatorial ficou só no papel.
Depois do encontro oficial de Lula com o ditador Obiang Nguema Mbasogo, há 31 anos no poder, os jornalistas foram levados para uma sala onde ocorreria uma assinatura de de atos e a entrevista coletiva. O local estava lotado de oficiais e empresários, além dos jornalistas que tiveram que ficar em pé por falta de espaço.
Mas logo que as assinaturas se encerraram, os jornalistas não tiveram nem ao menos tempo de fazer perguntas. Mbasogo se levantou para deixar a sala, acabando com qualquer possibilidade de ser questionado sobre as acusações de organizações internacionais por violações contra direitos humanos.
Lula chegou na tarde deste domingo (4) ao país do centro-oeste africano e foi recebido pelo ditador na porta do avião.
Na manhã desta segunda-feira, ele se reuniu com Mbasogo no suntuoso palácio presidencial, onde o chão e paredes de mármore e madeira maciça e lustres de cristal contrastam com a pobreza do resto do país.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores Celso Amorim justificou a visita do presidente Lula, afirmando que "negócios são negócios" e o Brasil não pode desprezar as possibilidades de trocas comerciais com o país.
"Tem empresa com mais de US$ 1 bilhão investidos [na Guiné Equatorial], não é pouca coisa. Nós não podemos jogar isso fora, nenhum país do mundo joga isso fora, nem Estados Unidos, nem Alemanha, nem França", afirmou.
"O exemplo tem muito mais força do que a pregação moralista", continuou.Fonte:Folha SP

Em Bagdá, vice-presidente dos EUA quer agilizar formação de novo governo


Em visita ao Iraque - onde passou o dia da Independência dos EUA junto às tropas - o vice-presidente americano Joe Biden reforçou ao presidente iraquiano, Jalal Talabani, o apoio de Washington ao processo democrático no país.
A viagem de Biden à Bagdá ocorre em meio à crise política vivida pelo Iraque, que quase quatro meses após as eleições -- que incluíram uma onda de ataques, cancelamento de candidaturas e recontagem dos votos -- ainda não formou uma coalizão sólida para governar o país.
Talabani declarou que continuará trabalhando para unir os iraquianos, chegar a um consenso e pôr fim à incerteza política.
O vice americano também se reuniu com o líder da região do Curdistão, Barham Saleh, que ressaltou a necessidade de acelerar a formação do novo governo iraquiano.
Durante sua visita à Bagdá, Biden manifestou sua preocupação com 'o atraso na formação de um governo e com as intromissões regionais' e reiterou o compromisso de reduzir o número de soldados americanos no país, como informou ontem um porta-voz do governo iraquiano.

Eleições

Apontado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para liderar os assuntos relacionados ao Iraque em Washington, Biden fez sua primeira visita surpresa ao Iraque desde o começo do ano.
Como esperado o principal tema discutido entre o vice e autoridades locais foi a formação do novo governo. Os iraquianos esperavam que as eleições conduzissem o país à estabilidade e recuperação econômica sete anos após a invasão liderada pelos EUA, mas o pleito acabou gerando uma série de disputas políticas, ameaçando até o retorno de uma guerra sectária.
Próximo ao fim de seu mandato, o presidente iraquiano Jalal Talabani convocou para o próximo dia 14 de junho a primeira reunião do novo Parlamento.
O anúncio foi feito pelo chefe do escritório presidencial, Nasir al Ani, em comunicado divulgado pelo canal estatal de televisão Al Iraqiya.
A Assembleia Legislativa terá que escolher o presidente do Parlamento e o novo Presidente da República, que por sua vez deverá orientar o líder da principal força parlamentar a formar um novo governo.
Nas eleições do último dia 7 de março venceu a aliança Al Iraqiya (O Iraquiano), liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que conseguiu 91 das 325 cadeiras do Parlamento unicameral.
Em seguida se situaram as coalizões Estado de Direito, presidida pelo atual primeiro-ministro, Nouri al Maliki, com 89 deputados; e a Aliança Nacional Iraquiana, antiga parceira do governo de al Maliki, com 70 assentos. A Aliança Curda, com 43 cadeiras, é a quarta força parlamentar.
A aliança de Allawi e a de al Maliki disputam o direito de serem as encarregadas de formar o novo Executivo. A primeira por ter sido a vencedora das eleições de março e a segunda por formar, após um acordo com a Aliança Nacional Iraquiana, a bancada mais numerosa.Fonte:Folha SP

Israel divulga hoje lista de produtos com entrada livre em Gaza

DA ASSOCIATED PRESS

O governo de Israel divulgará nesta segunda-feira a nova lista reduzida de produtos e bens de consumo embargados para a entrada na faixa de Gaza, oficializando o alívio ao bloqueio imposto ao território palestino desde 2007, quando o grupo islâmico Hamas tomou o controle.

As novas regras foram aprovadas pelo governo israelense em 20 de junho passado, em resposta à pressão internacional para que Israel aliviasse o bloqueio depois do ataque contra uma frota que tentava furar a medida para levar ajuda humanitária. O ataque, em 31 de maio, deixou oito turcos e um turco-americano mortos.

A nova lista vai ser divulgada na véspera do encontro entre o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington --que deve discutir não só o bloqueio, como a atual estagnação das conversas indiretas de paz com os palestinos.

O presidente Obama já afirmou publicamente que o bloqueio é insustentável e pediu para que fosse significativamente reduzido. Outros líderes internacionais pediram para que fosse completamente retirado.

Membros do governo, que falaram à agência de notícias Associated Press em caráter de anonimato, anteciparam que Israel permitirá a entrada de praticamente todos os bens de consumo, encerrando o bloqueio criticado internacionalmente como arbitrário e excessivo. Israel argumenta que o bloqueio visa a impedir a entrada de armamentos e explosivos, que são usados por militantes do Hamas para lançar ataques contra o território israelense.

Israel mantém, contudo, a proibição da entrada de materiais de construção, indispensáveis para a reconstrução das casas destruídas na ofensiva israelense contra Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

Segundo as fontes citadas pela Associated Press, produtos como ferro, aço, blocos de cimento, fertilizantes, produtos químicos, materiais de construção e carros transportando esses itens só entrarão no território sob supervisão de Israel e para uso em projetos internacionais.

Israel ainda é reticente sobre esse tipo de material, que poderia ser utilizado pelos militantes para fabricar bunkers e mísseis.

Uma das dúvidas sobre a nova lista é se Israel permitirá a importação de matéria-prima para o setor manufatureiro de Gaza, que foi duramente atingido pelo bloqueio. Não se sabe ainda se as empresas de Gaza poderão voltar a exportar, o que causou uma devastação na economia de Gaza, além da redução de milhares de postos de trabalho.

Sob as regras do bloqueio, Israel permitia a entrada de apenas algumas dezenas de tipos de produtos, incluindo remédios e alimentos. Os cerca de 1,5 milhão de habitantes da pequena faixa territorial tiveram então que se adaptar com uma vida de poucos bens e a adquirir muitos produtos essenciais por meio dos milhares de túneis de contrabando ligando Gaza ao Egito --e que são alvos constantes de bombardeios israelenses.

Segundo as informações antecipadas pela agência, as restrições de viagem continuarão a confinar os palestinos ao território.

Iraque recusa proposta da Turquia de operação contra curdos

DA EFE, EM ISTAMBUL (TURQUIA)

O governo iraquiano recusou o plano do Exército turco de realizar uma operação militar conjunta contra os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), informou nesta segunda-feira a imprensa turca, citando fontes do Executivo de Bagdá.
A Turquia lançou recentemente uma grande ofensiva militar contra os militantes curdos que se refugiam principalmente na fronteira entre a região do Curdistão e o norte do Iraque.
O Iraque desaprova as intervenções militares turcas em sua fronteira, alegando que as ações violam a soberania do Estado iraquiano.
A participação na ofensiva do Exército turco é descartada porque poderia incitar o ódio da população curda -- que vive na Turquia, um país profundamente dividido em diferentes etnias e grupos religiosos -- contra o Iraque.
O porta-voz do governo iraquiano, Ali Al Dabbagh, solicitou à Turquia que solucione seus problemas dentro da estrutura política do chamado "mecanismo tripartite", que envolve Washington, Ancara e Bagdá.
"Para que o problema se resolva pelas vias apropriadas, deve-se continuar buscando uma solução [ao conflito curdo]" de acordo com as políticas tripartites, afirmou Al Dabbagh
O PKK -- considerado um grupo terrorista pelos EUA, Turquia e União Europeia -- tem realizado ataques militares desde 1984 reclamando a independência de mais de 12 milhões de curdos que vivem em território turco.
Desde então, cerca de 42 mil pessoas (destes, 6.000 civis) morreram nos conflitos entre curdos e tropas turcas.

Ofensiva

Ainda na sexta-feira (2) os combates entre turcos e curdos se intensificaram com os bombardeios do Exército turco contra o Curdistão. Cerca de 10 mil homens e helicópteros militares foram enviados à região da fronteira com o Iraque.
A ação é uma resposta a ataques recentes do PKK contra militares, e aos enfrentamentos quase diários no leste e no sudeste da Turquia. O número de militares mortos nos confrontos no primeiro semestre de 2010, 70, já supera o total de mortos no ano passado, o que elevou a pressão sobre o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, para responder com mais força.
Um líder da oposição nacionalista chegou a pedir no Parlamento em Ancara para que fosse declarado estado de exceção no sudeste do país.
Um porta-voz do PKK confirmou o bombardeio, mas disse que não houve vítimas, enquanto o líder do grupo, Abdulah Ocalan, que cumpre pena de prisão perpétua, pediu trégua. "Poderia iniciar-se um processo mútuo de não violência", disse.
O "processo", segundo Ocalan, requereria maior representação curda no Parlamento turco, abolição de leis antiterroristas usadas contra o PKK e a liberação de dezenas de pessoas presas por supostos vínculos com o grupo, exigências em geral rechaçadas por Ancara.
Os curdos representam de 15% a 20% da população turca.

Israel rejeita ameaça turca e nega pedido de desculpas por ataque a barco

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, rejeitou nesta segunda-feira a ameaça da Turquia de romper relações e disse que não tem intenção de pedir desculpas pelo ataque, em 31 de maio, contra um barco turco que tentava romper o bloqueio à faixa de Gaza para levar ajuda humanitária. A ação das forças israelenses deixou oito turcos e um turco-americano mortos e causou grande condenação internacional.
"Nós não temos qualquer intenção de pedir desculpas. Nós pensamos que o oposto é válido", disse Lieberman a repórteres, durante uma visita à Letônia.
Em Israel, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, afirmou que a Turquia não pode apelar a ameaças ou ultimatos, se quiserem um pedido de desculpas. "Tudo nos leva a pensar que a Turquia tem outra agenda em mente", acrescentou, sem dar maiores detalhes.
Mais cedo, o jornal turco "Hurriyet" citou o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, dizendo que seu país cortará relações com Israel caso este não peça desculpas pelo ataque ao Mavi Marmara.

"Israel tem três opções: eles devem se desculpar ou reconhecer uma investigação internacional e imparcial do caso e as suas conclusões", declarou o chanceler.
"Nós lhe mostramos uma saída: se eles se desculparem baseados na conclusão da sua própria investigação, seria ótimo para nós. Mas é claro que primeiro temos que vê-la", disse o ministro turco sobre a investigação interna israelense sobre o ataque.
A Turquia, que retirou seu embaixador de Israel e cancelou os exercícios militares conjuntos, exige uma investigação internacional, além de um pedido de desculpas, indenização às vítimas e a devolução da embarcação.
Israel iniciou há uma semana os trabalhos da comissão de investigação sobre o ataque e deve levar o premiê Binyamin Netanyahu a depor.
Em declaração à imprensa, o líder da comissão e juiz aposentado do tribunal supremo israelense, Jacob Turkel, disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, Gaby Ashkenazi, também serão convocados em breve.
O órgão, contudo, tem como objetivo esclarecer os fatos e não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões. O grupo conta com dois observadores internacionais sem direito a voto: o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor general do Exército do Canadá.
Os navios com ajuda humanitária navegavam rumo a Gaza para tentar romper com o bloqueio imposto por Israel contra o governo do grupo islâmico radical Hamas. O país insiste que as tropas envolvidas na ação agiram em defesa própria, depois de serem atacadas por ativistas a bordo. Os passageiros afirmam que os israelenses dispararam sem qualquer tipo de provocação.

Na França, dois ministros renunciam em meio a escândalo de corrupção

DA FRANCE PRESSE, EM PARIS

O governo de Nicolas Sarkozy- imerso em escândalo de corrupção que envolve a L'Oreal - amarga nesta segunda-feira a renúncia de dois ministros acusados de gastos excessivos e envolvimento em ações ilícitas pela imprensa francesa.
Alain Joyandet, secretário de Estado da Cooperação, e Christian Blanc, encarregado da pasta de Desenvolvimento da Grande Paris, apresentaram neste domingo suas renúncias ao governo, que as aceitou, informou a Presidência da República.
O próprio presidente Sarkozy e seu primeiro-ministro, François Fillon, pediram para os ministros se demitirem, informou o porta-voz Luc Chatel, esclarecendo que a decisão ocorreu para que assumissem as consequências de "fatos ocorridos nestes últimos dias, os quais os franceses não entenderam nem aceitaram".
Substituições

As funções de Joyandet ficarão a cargo do ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e as de Blanc ficam nas mãos do titular da pasta de Espaço Rural, Michel Marcier.
Alain Joyandet e Christian Blanc tinham sido alvo de críticas na imprensa por conta de seus excessivos gastos.
"O homem de honra que sou não pode aceitar ser vítima de um amálgama. Depois de muita reflexão, decidi sair do governo", explicou em seu blog Alain Joyandet, que se ocupava sobretudo das relações entre a França e países africanos.
Joyandet foi criticado em duas ocasiões durante os últimos meses pela imprensa: uma primeira vez em março, por ter alugado um avião privado por 116.500 euros para uma viagem ministerial a Martinica (Antilhas), e outra em junho, acusado de ter se beneficiado de uma permissão de construção ilegal para ampliar a casa que possui perto de Saint-Tropez, no sul da França.
"Não foi desviado dinheiro para meu enriquecimento pessoal ou o de meus familiares", disse Joyandet, que diz ter "trabalhado pelos países em desenvolvimento, pelo reforço de nossos vínculos com a África e pela promoção da francofonia no mundo".
O secretário de Estado do Desenvolvimento da Região de Paris, Christian Blanc, foi muito criticado por ter gastado 12.000 euros em charutos cubanos às custas de fundos públicos.

Escândalo

Estas duas renúncias ocorrem em meio a uma série de polêmicas em torno de diversos ministros franceses por seu modo de vida e seu suposto envolvimento em casos político-judiciais. A polêmica não parou de crescer nas últimas semanas.
O caso mais ventilado foi o do ministro do Trabalho, Eric Woerth, suspeito de "conflito de interesses" por ter desempenhado o cargo de ministro do Orçamento (de 2007 a 2010), quando sua mulher administrava parte da fortuna da herdeira da gigante dos cosméticos L'Oréal, Liliane Bettencourt, sobre a qual pesavam suspeitas de fraude fiscal.
Outros membros do governo foram criticados por se hospedar em hotéis caros e por emprestar suas residências oficiais a familiares.

Piratas somalis sequestram embarcação com 18 marinheiros filipinos

Uma embarcação-tanque com 18 marinheiros filipinos a bordo foi sequestrado por piratas somalis, na área de Bab El Mandeb, ao sul do mar Vermelho, informa a operação naval europeia contra a pirataria, Navfor.

Segundo a Navfor, o Motivator, de bandeira das ilhas Marshall, sofreu um ataque pirata na madrugada de domingo. O sequestro só foi confirmado na manhã desta segunda-feira, quando a comunicação com o barco foi perdida.

Após a notificação, os tripulantes da Operação Atalanta da Navfor tentaram sem sucesso entrar em contato com a embarcação, que pesa 13.065 toneladas e transporta óleo lubrificante.

A Operação Atalanta tem como objetivo principal escoltar os navios mercantes que transportem ajuda humanitária dentro do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e as embarcações da Missão da União Africana na Somália (Amisom).

A expedição também protege os navios mais vulneráveis dentro do golfo de Áden e no oceano Índico e se encarrega de vigiar a atividade pesqueira no litoral da Somália.

Os piratas somalis mantêm mais de uma dúzia de navios e centenas de tripulantes sob seu poder. A pirataria mostrou-se uma forma de obter riqueza em um país que não vê governo efetivo desde 1991.

Nos últimos meses vários navios chineses foram atacados no golfo de Áden e dois deles sequestrados. A China participa da armada internacional que patrulha a área para evitar ataques piratas.

Agência espacial japonesa acha partículas em cápsula que viajou a asteroide




A Jaxa (agência espacial japonesa) achou "partículas diminutas" no interior da cápsula "Hayabusa", que retornou à Terra em junho após uma viagem de sete anos com a missão de recolher mostras de um asteroide.

Segundo informou nesta segunda (5) o canal de televisão NHK, as análises microscópicas do interior da cápsula revelaram a presença de partículas de até um milímetro, embora ainda se desconheça se pertencem ao asteroide ou se é matéria terrestre que contaminou a sonda antes de seu lançamento.

A Jaxa deve agora começar as análises sobre as partículas para comprovar se alguma pertence ao asteroide Itokawa, sobre o qual a cápsula pousou em 2005, embora os resultados só devam ser conhecidos em agosto, informa a NHK.

Se for confirmado que procedem do Itokawa, as partículas seriam as primeiras amostras de um asteroide recolhidas no espaço exterior.

Líder palestino nega avanços em negociações indiretas com Israel

DA EFE, EM AMÃ

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assegurou nesta segunda-feira que não houve avanços nas negociações indiretas entre palestinos e israelenses, que acontecem desde o dia 9 de maio com mediação dos Estados Unidos.
Abbas fez as declarações a editores de jornais jordanianos, reproduzidos nesta segunda-feira pela imprensa local.
Há dois dias, foi encerrada a quinta rodada do diálogo indireto de paz. Amanhã, o assunto deve estar na pauta da reunião entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Washington.
Em princípio, este diálogo indireto deveria passar para contatos diretos em setembro deste ano. O processo, contudo, ocorre sob grande desconfiança dos palestinos, que negaram reiteradamente voltar à mesa de negociação enquanto Israel não paralisasse totalmente a ampliação das colônias nos territórios palestinos.
Abbas afirmou que a ANP apresentara aos EUA uma versão definitiva sobre vários assuntos, como o status de Jerusalém Oriental ou a delimitação das fronteiras e a situação da segurança. "Se Netanyahu reconhece que estes assuntos são negociáveis, significa que está havendo progressos e que poderemos avançar rumo a conversas diretas", disse Abbas.
No entanto, advertiu que em caso de não acontecer nenhum progresso antes de setembro, os ministros de Relações Exteriores árabes se reunirão para decidir que caminho seguir.
O líder palestino reiterou que não renunciará a Jerusalém Oriental, embora tenha mostrado sua disposição a aceitar leves mudanças por ambas as partes na delimitação das fronteiras de 1967.

Ministro italiano renuncia duas semanas após ser nomeado


DA EFE, EM ROMA (ITÁLIA)

O ministro para a Execução do Federalismo da Itália, Aldo Brancher, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia, pouco mais de duas semanas depois de ser nomeado, em 18 de junho.
Brancher não resistiu ao escândalo criado após pedir para ser acolhido sob a Lei do Legítimo Impedimento para não ir a seu julgamento por lavagem de dinheiro e apropriação indevida.
A lei foi aprovada pelo Senado italiano em março deste ano e permite ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e ministros do governo faltar em audiências de processos em que estejam sendo julgados para cumprir a agenda de compromissos institucionais.
O argumento usado pelo Executivo ao apresentar o projeto foi de que a lei seria uma norma necessária para que haja "um sereno desenvolvimento das funções atribuídas pela Constituição".
O anúncio da renúncia foi feito pelo próprio ministro em uma sala do Tribunal de Milão, onde foi para a audiência do processo e no qual também expressou sua renúncia à Lei do Legítimo Impedimento.

Nova premiê australiana descarta criar comunidade Ásia-Pacífico


Julia Gillard afirmou a um jornal local que criação de bloco é "pouco provável"
Sydney - A nova primeiro-ministra da Austrália, Julia Gillard, descarta a criação da comunidade da Ásia-Pacífico que tinha proposto seu antecessor, Kevin Rudd, a quem desbancou do poder há duas semanas, segundo informa a imprensa do país. Em declarações a "The Sydney Morning Herald", Julia disse que lhe parece "pouco provável que se dê o grau de movimento" necessário para que a proposta de Rudd alcance seu objetivo.

A premiê acrescentou que foram "abertas conversas sobre a arquitetura regional, o que é bom", mas sugeriu que a Austrália renuncia a qualquer tipo de liderança. O enviado especial de Rudd para a criação do novo espaço multilateral, Richard Woolcott, disse, por outro lado, que o projeto "não está morto, está ativo, ainda tem vida" e acrescentou que foram feitos avanços consideráveis.

Woolcott assegurou que o Governo de Julia continua construindo a criação do bloco Ásia-Pacífico "em interesse da Austrália e internacional". O ex-primeiro-ministro, Kevin Rudd, anunciou em junho de 2008 sua intenção de criar em 2020 uma comunidade Ásia-Pacífico, ao estilo da União Europeia, que integrasse os 21 membros do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) e a Índia.

A Comunidade Ásia-Pacífico idealizada por Rudd incluía um acordo regional de livre-comércio e um espaço para a cooperação em assuntos como o terrorismo, e a segurança energética e de recursos naturais. Integram o Apec: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia, Cingapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã.Fonte:Efe

Judeus se preparam para construir 2.700 novas casas na Cisjordânia, diz jornal

Os colonos judeus que vivem na região ocupada da palestina Cisjordânia já se preparam para iniciar a construção de 2.700 casas no final de setembro, quando termina o congelamento de novas edificações determinado pelo premiê Binyamin Netanyahu, informa o jornal israelense "Haaretz".

Segundo o jornal, as autoridades regionais dos assentamentos querem retomar a expansão a partir do próximo dia 27 de setembro, quando acaba a moratória de dez meses imposta para possibilitar o início de conversas de paz indiretas com os palestinos.

O conselho regional de Shomron, no norte da Cisjordânia, planeja iniciar a edificação de 800 casas e as autoridades locais deram instruções para que as colônias comecem dar novas permissões de construção e retomem o planejamento urbanística.

O conselho de Netanyahu, também no norte da Cisjordânia, está "trabalhando para lançar as bases à construção futura, já que 1.200 unidades foram autorizadas, principalmente nos assentamentos de Shilo, Talmonim e Kfar Adumin", assegura o jornal, acrescentando que a região de Oranit planeja iniciar outras 600 casas.

Israel provocou indignação nos EUA em março, quando, durante visita do vice-presidente Joe Biden, anunciou um plano para construir 1.600 casas para judeus em uma área da Cisjordânia ocupada que considera fazer parte de Jerusalém.

Israel assegurou a Washington que os trabalhos de construção no assentamento Ramat Shlomo não começariam antes de pelo menos dois anos.

O anúncio atrasou o início das conversas indiretas de paz, mediadas pelos EUA, já que os palestinos exigem o congelamento das novas construções como condição para dialogar.