Os colonos judeus que vivem na região ocupada da palestina Cisjordânia já se preparam para iniciar a construção de 2.700 casas no final de setembro, quando termina o congelamento de novas edificações determinado pelo premiê Binyamin Netanyahu, informa o jornal israelense "Haaretz".
Segundo o jornal, as autoridades regionais dos assentamentos querem retomar a expansão a partir do próximo dia 27 de setembro, quando acaba a moratória de dez meses imposta para possibilitar o início de conversas de paz indiretas com os palestinos.
O conselho regional de Shomron, no norte da Cisjordânia, planeja iniciar a edificação de 800 casas e as autoridades locais deram instruções para que as colônias comecem dar novas permissões de construção e retomem o planejamento urbanística.
O conselho de Netanyahu, também no norte da Cisjordânia, está "trabalhando para lançar as bases à construção futura, já que 1.200 unidades foram autorizadas, principalmente nos assentamentos de Shilo, Talmonim e Kfar Adumin", assegura o jornal, acrescentando que a região de Oranit planeja iniciar outras 600 casas.
Israel provocou indignação nos EUA em março, quando, durante visita do vice-presidente Joe Biden, anunciou um plano para construir 1.600 casas para judeus em uma área da Cisjordânia ocupada que considera fazer parte de Jerusalém.
Israel assegurou a Washington que os trabalhos de construção no assentamento Ramat Shlomo não começariam antes de pelo menos dois anos.
O anúncio atrasou o início das conversas indiretas de paz, mediadas pelos EUA, já que os palestinos exigem o congelamento das novas construções como condição para dialogar.
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