segunda-feira, 5 de julho de 2010
ONG: cresce número de jornalistas mortos em 2010
Por continentes, a América Latina detém o recorde de jornalistas assassinados em seis meses (24 no total), seguida da Ásia (14). A África apresenta uma preocupante tendência em alta (9), constata a PEC.
Os países mais perigosos para os jornalistas foram o México, com nove profissionais mortos, Honduras (8), Paquistão (6), Nigéria (4) e Filipinas (4), segundo esta ONG com sede em Genebra e que milita a favor de uma melhor proteção dos jornalistas nas zonas de conflito.
Outros três jornalistas morreram na Colômbia, três na Rússia, dois na Venezuela, Iraque, Nepal e Tailândia.
Um jornalista morreu em cada um dos seguintes países: Afeganistão, Angola, Bangladesh, Brasil, Bulgária, Camarões, Chipre, Equador, Israel, República Democrática do Congo (RDC), Ruanda, Turquia, Somália, Iêmen.
As causas de todas as mortes são varidas, mas os profissionais foram particularmente vítimas da guerra entre traficantes de drogas.
O número de jornalistas não deixaram de aumentar nos últimos anos. Em 2009, a PEC contabilizou 122 jornalistas mortos, contra 91 no ano anterior. A relação de vítimas completa está em www.pressemblem.ch.
Polônia diz adeus a Kaczynski e se volta à integração europeia
A vitória do liberal Bronislaw Komorowski nas eleições presidenciais da Polônia abre o caminho do país rumo a uma mais profunda integração política e deixa para trás figuras tão polêmicas como o conservador Jaroslaw Kaczynski, muito criticado em Bruxelas por seu nacionalismo e intolerância.
O processo era lento e inexorável. Começou em 2007, com a derrota parlamentar do partido Lei e Justiça (PiS), quando Jaroslaw Kaczynski perdeu a oportunidade de continuar à frente do Executivo e cedeu ao impulso liberal.
A morte no acidente aéreo de seu irmão gêmeo e chefe de Estado, Lech Kaczynski - junto a membros da elite conservadora polonesa -, acelerou o declínio do partido ao privá-lo de muitas de suas principais figuras.
Agora a Polônia fica definitivamente dominada pelos liberais de Plataforma Cívica (PO), com Donald Tusk como primeiro-ministro e Bronislaw Komorowski como futuro presidente da República.
Para o parlamentar Jacek Kurski, do PiS, "Komorowski não governará sozinho", mas sua Presidência será dirigida por Tusk, o que torna impossível esperar políticas ativas e críticas por parte do próximo chefe de Estado, pregado aos interesses do Governo.
Espera-se que Komorowski coopere com o Executivo liberal, com um mandato que em alguns momentos chegue inclusive a ser qualificado de dócil, a fim de levar adiante as reformas duras e imprescindíveis que Tusk pretende iniciar para apoiar a economia.
Como explica o analista Pawel Fafar, os poloneses demonstraram que estavam "fartos" dos conflitos entre primeiro-ministro e presidente, e optaram pelo candidato mais moderado, mas firme defensor do consenso e do acordo como ferramentas políticas.
Os votos do eleitorado de esquerda foram decisivos para a vitória de Komorowski, que durante sua campanha eleitoral manteve um cortejo evidente com a Aliança Esquerda Democrática (SLD), cujo líder, Grzegorz Napieralski, havia sido o terceiro mais votado no primeiro turno, com 13%.
"Sem nós não teria conseguido ganhar", afirmou o parlamentar Ryszard Kalisz, da SLD, satisfeito com os resultados de ontem.
É justamente agora quando o liberal deve pensar em como materializar as promessas que fez aos setores da esquerda dias atrás, entre as quais estão o financiamento dos tratamentos de fertilização in vitro e a saída das tropas polonesas mobilizadas no Afeganistão.
A parlamentar conservadora Ewa Kierzkowska alerta agora que esse apoio exigirá algo em troca. "Após vencer as eleições, o primeiro-ministro Tusk terá de cumprir as promessas de Komorowski".
Apesar do desempenho da esquerda, a eleição de ontem confirma que a Polônia continua situada à direita da arena política, imersa entre dois modelos bastante similares, não obstante as vontades de seus líderes e eleitores.
São opções similares que, no entanto, mantêm a população dividida. Tal divisão até se refletia territorialmente, já que foi o Leste do país - mais pobre -, e as zonas rurais que apoiaram Kaczynski, enquanto as cidades e o Oeste - mais desenvolvido - votaram majoritariamente por Komorowski.
Os resultados também certificam a linha que a Polônia seguirá no futuro, com um presidente que procura reforçar o diálogo, a posição polonesa no fórum internacional, europeísta e representante dos interesses do mundo dos negócios.
A opção desprezada, representada por Jaroslaw Kaczynski, deixa fora de jogo um político percebido como um grande patriota, que encarna as demandas dos trabalhadores e que pretende atender aos interesses nacionais acima de tudo, embora também seja considerado polêmico em excesso e pouco disposto a buscar soluções de consenso.
Ontem à noite, Kaczynski se sobrepunha à derrota e pedia a mobilização de seus seguidores e o início da luta pelas eleições parlamentares do ano que vem.
Após sanções, países se negam a reabastecer aviões iranianos
Segundo as fontes, a medida começou a ser aplicada na semana passada e é consequência das sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos contra Irã por seu controvertido programa nuclear.
"Desde a semana passada, depois da adoção das sanções unilaterais e das sanções americanas contra o Irã, os aeroportos da Grã-Bretanha, Alemanha e Emirados Árabes Unidos se negam a abastecer os aviões iranianos", declarou Mehdi Aliyari, secretário da Associação de Companhias Aéreas Iranianas, citado pela Isna.
"As companhias Iran Air (nacional) e Mahan (privada), que têm inúmeros voos para a Europa, tiveram problemas", acrescentou.
Aliyari pediu à Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) que intervenha para declarar "ilegal a aplicação dessas sanções".
"O ministério das Relações Exteriores, a organização nacional da aviação civil, o ministério dos Transportes atuarão contra esta ação ilegal americano", acrescentou.
Segundo a Irna, o Kuwait também se nega a abastecer os aviões iranianos.
Gasto da BP com maré negra no golfo chega a US$ 3,12 bilhões
O grupo petroleiro britânico BP anunciou nesta segunda-feira que a maré negra provocada pela explosão de uma de suas plataformas no Golfo do México já custou US$ 3,12 bilhões, uma fatura em alta de US$ 500 milhões em relação à semana passada.
No domingo, os dois sistemas instalados para recuperar o petróleo vazado permitiram recolher 25.198 barris de petróleo, ou seja, um total de 585.400 barris recuperados assim desde o início do vazamento, segundo comunicado da BP.
A limpeza do petróleo foi retomada em algumas parte do Golfo do México, apesar de alguns barcos não terem condições de navegar por causa das fortes ondas, o que dificulta os esforços para conter a pior maré negra da história americana.
Mas um gigantesco navio taiuanês, que chegou no sábado ao local onde continua vazando petróleo da plataforma destruída por uma explosão há mais de dois meses, retomou pouco a pouco as operações de limpeza, depois de vários dias de fortes perturbações causadas pela tempestade tropical Alex.
A embarcação do tipo cisterna "A Whale", propriedade da companhia taiuanesa TMT Group, tem 275 m de extensão e pode recuperar até 500 mil barris por dia (80 milhões de litros), contra os 2,5 milhões de barris recuperados nas últimas dez semanas por todos os pequenos barcos posicionados no golfo para participar nessas operações.
"Absorve o petróleo e a água 'empetrolada' e depois filtra o petróleo e expele a água", disse o porta-voz da BP Toby Odone.
Outro navio, o "Hélix Producer", começará as tarefas de contenção na quarta-feira. Funcionários afirmaram que graças a este navio terão uma melhor estimativa do fluxo atual de petróleo, "apenas pelo aspecto do petróleo que sai pelo tampão", disse o almirante Thad Allen, presidente da BP, a petroleira britânica responsável pelo acidente.
As fortes marés e ventos provocados pela passagem da tempestade Alex atrasaram os esforços de limpeza, empurrando mais petróleo para o interior e espalhando óleo da Louisiana para a Flórida.
"A tarefa de limpeza será longa e árdua durante os próximos dias", explicou na véspera o contra-almirante Paul Zukunft.
"Estou especialmente preocupado com a fauna local."
Apesar dos esforços de contenção, "não estamos a salvo ainda", advertiu.
A situação atrapalhou algumas celebrações pelo Dia da Independência neste domingo.
Embora em Grand Isle, Louisiana, algumas bandeiras americanas ondeassem, as famílias não passaram o dia na praia como geralmente fazem neste dia festivo. As pessoas optaram por encher piscinas infláveis e instalá-las a poucos metros dos restaurantes de mariscos que estavam fechados.
"Não pisei na praia nas últimas semanas", disse Amy Lafourt, um garçom de Artie, um bar localizado na praia.
O poço continua vazando entre 30 mil e 60 mil barris por dia desde que a plataforma operada pela British Petroleum (BP) afundou no último dia 22 de abril.
Estima-se que entre 1,6 a 3,6 milhões de barris de petróleo vazaram no Golfo do México desde o acidente.
De acordo com estas cifras, este desastre é de maior magnitude que o derramamento de Ixtoc de 1979 que derramou em torno de 3,3 milhões de barris no Golfo do México.
O único antecedente mais grave é o vazamento intencional de petróleo pelas tropas iraquianas no Kuwait durante a Guerra do Golfo em 1991 que derramou de seis a oito milhões de barris de petróleo.
Posteriormente, terão de decidir se o sistema existente de limpeza deve permanecer ou se deverão substituí-lo por outro sistema capaz de recolher 80 mil barris de petróleo por dia.
Polícia mantém Urumqi sob controle um ano após tensão étnica
A polícia armou um dispositivo de controle nesta segunda-feira na capital da região de Xinjiang, Urumqi, no noroeste da China, cidade submetida à forte tensão depois dos distúrbios interétnicos ocorridos há exatamente um ano.
Em 5 de julho de 2009 explodiram violentos distúrbios alimentados pelo ressentimento de uma parte da minoria uigur - muçulmana e de língua turca - pela dominação chinesa representada pelos hans.
Nos dias seguintes, grupos de hans, armados de facas e barras de ferro, saíram às ruas para se vingar.
Nesta segunda, Urumqi estava em calma, depopis que as autoridades aconselharam aos uigures que não saíssem de casa.
Centenas de policiais foram mobilizados principalmente no bairro uigur, onde patrulhavam as forças antidistúrbios com capacetes e escudos.
Oficialmente, 200 pessoas morreram e 1,7 mil ficaram feridas em 5 de julho de 2009. As autoridades chinesas acusaram os "separatistas étnicos" de terem fomentado essas violências.
Duzentas pessoas foram condenadas pela justiça e 26 setenciada à pena capital, sendo que nove já foram executadas, segundo a imprensa chinesa.
Entrevista coletiva de Lula ao lado do ditador da Guiné Equatorial é cancelada
A coletiva prevista na agenda da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guiné Equatorial ficou só no papel.
Depois do encontro oficial de Lula com o ditador Obiang Nguema Mbasogo, há 31 anos no poder, os jornalistas foram levados para uma sala onde ocorreria uma assinatura de de atos e a entrevista coletiva. O local estava lotado de oficiais e empresários, além dos jornalistas que tiveram que ficar em pé por falta de espaço.
Mas logo que as assinaturas se encerraram, os jornalistas não tiveram nem ao menos tempo de fazer perguntas. Mbasogo se levantou para deixar a sala, acabando com qualquer possibilidade de ser questionado sobre as acusações de organizações internacionais por violações contra direitos humanos.
Lula chegou na tarde deste domingo (4) ao país do centro-oeste africano e foi recebido pelo ditador na porta do avião.
Na manhã desta segunda-feira, ele se reuniu com Mbasogo no suntuoso palácio presidencial, onde o chão e paredes de mármore e madeira maciça e lustres de cristal contrastam com a pobreza do resto do país.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores Celso Amorim justificou a visita do presidente Lula, afirmando que "negócios são negócios" e o Brasil não pode desprezar as possibilidades de trocas comerciais com o país.
"Tem empresa com mais de US$ 1 bilhão investidos [na Guiné Equatorial], não é pouca coisa. Nós não podemos jogar isso fora, nenhum país do mundo joga isso fora, nem Estados Unidos, nem Alemanha, nem França", afirmou.
"O exemplo tem muito mais força do que a pregação moralista", continuou.Fonte:Folha SP
Em Bagdá, vice-presidente dos EUA quer agilizar formação de novo governo
Em visita ao Iraque - onde passou o dia da Independência dos EUA junto às tropas - o vice-presidente americano Joe Biden reforçou ao presidente iraquiano, Jalal Talabani, o apoio de Washington ao processo democrático no país.
A viagem de Biden à Bagdá ocorre em meio à crise política vivida pelo Iraque, que quase quatro meses após as eleições -- que incluíram uma onda de ataques, cancelamento de candidaturas e recontagem dos votos -- ainda não formou uma coalizão sólida para governar o país.
Talabani declarou que continuará trabalhando para unir os iraquianos, chegar a um consenso e pôr fim à incerteza política.
O vice americano também se reuniu com o líder da região do Curdistão, Barham Saleh, que ressaltou a necessidade de acelerar a formação do novo governo iraquiano.
Durante sua visita à Bagdá, Biden manifestou sua preocupação com 'o atraso na formação de um governo e com as intromissões regionais' e reiterou o compromisso de reduzir o número de soldados americanos no país, como informou ontem um porta-voz do governo iraquiano.
Eleições
Apontado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para liderar os assuntos relacionados ao Iraque em Washington, Biden fez sua primeira visita surpresa ao Iraque desde o começo do ano.
Como esperado o principal tema discutido entre o vice e autoridades locais foi a formação do novo governo. Os iraquianos esperavam que as eleições conduzissem o país à estabilidade e recuperação econômica sete anos após a invasão liderada pelos EUA, mas o pleito acabou gerando uma série de disputas políticas, ameaçando até o retorno de uma guerra sectária.
Próximo ao fim de seu mandato, o presidente iraquiano Jalal Talabani convocou para o próximo dia 14 de junho a primeira reunião do novo Parlamento.
O anúncio foi feito pelo chefe do escritório presidencial, Nasir al Ani, em comunicado divulgado pelo canal estatal de televisão Al Iraqiya.
A Assembleia Legislativa terá que escolher o presidente do Parlamento e o novo Presidente da República, que por sua vez deverá orientar o líder da principal força parlamentar a formar um novo governo.
Nas eleições do último dia 7 de março venceu a aliança Al Iraqiya (O Iraquiano), liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que conseguiu 91 das 325 cadeiras do Parlamento unicameral.
Em seguida se situaram as coalizões Estado de Direito, presidida pelo atual primeiro-ministro, Nouri al Maliki, com 89 deputados; e a Aliança Nacional Iraquiana, antiga parceira do governo de al Maliki, com 70 assentos. A Aliança Curda, com 43 cadeiras, é a quarta força parlamentar.
A aliança de Allawi e a de al Maliki disputam o direito de serem as encarregadas de formar o novo Executivo. A primeira por ter sido a vencedora das eleições de março e a segunda por formar, após um acordo com a Aliança Nacional Iraquiana, a bancada mais numerosa.Fonte:Folha SP
Israel divulga hoje lista de produtos com entrada livre em Gaza
O governo de Israel divulgará nesta segunda-feira a nova lista reduzida de produtos e bens de consumo embargados para a entrada na faixa de Gaza, oficializando o alívio ao bloqueio imposto ao território palestino desde 2007, quando o grupo islâmico Hamas tomou o controle.
As novas regras foram aprovadas pelo governo israelense em 20 de junho passado, em resposta à pressão internacional para que Israel aliviasse o bloqueio depois do ataque contra uma frota que tentava furar a medida para levar ajuda humanitária. O ataque, em 31 de maio, deixou oito turcos e um turco-americano mortos.
A nova lista vai ser divulgada na véspera do encontro entre o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington --que deve discutir não só o bloqueio, como a atual estagnação das conversas indiretas de paz com os palestinos.
O presidente Obama já afirmou publicamente que o bloqueio é insustentável e pediu para que fosse significativamente reduzido. Outros líderes internacionais pediram para que fosse completamente retirado.
Membros do governo, que falaram à agência de notícias Associated Press em caráter de anonimato, anteciparam que Israel permitirá a entrada de praticamente todos os bens de consumo, encerrando o bloqueio criticado internacionalmente como arbitrário e excessivo. Israel argumenta que o bloqueio visa a impedir a entrada de armamentos e explosivos, que são usados por militantes do Hamas para lançar ataques contra o território israelense.
Israel mantém, contudo, a proibição da entrada de materiais de construção, indispensáveis para a reconstrução das casas destruídas na ofensiva israelense contra Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.
Segundo as fontes citadas pela Associated Press, produtos como ferro, aço, blocos de cimento, fertilizantes, produtos químicos, materiais de construção e carros transportando esses itens só entrarão no território sob supervisão de Israel e para uso em projetos internacionais.
Israel ainda é reticente sobre esse tipo de material, que poderia ser utilizado pelos militantes para fabricar bunkers e mísseis.
Uma das dúvidas sobre a nova lista é se Israel permitirá a importação de matéria-prima para o setor manufatureiro de Gaza, que foi duramente atingido pelo bloqueio. Não se sabe ainda se as empresas de Gaza poderão voltar a exportar, o que causou uma devastação na economia de Gaza, além da redução de milhares de postos de trabalho.
Sob as regras do bloqueio, Israel permitia a entrada de apenas algumas dezenas de tipos de produtos, incluindo remédios e alimentos. Os cerca de 1,5 milhão de habitantes da pequena faixa territorial tiveram então que se adaptar com uma vida de poucos bens e a adquirir muitos produtos essenciais por meio dos milhares de túneis de contrabando ligando Gaza ao Egito --e que são alvos constantes de bombardeios israelenses.
Segundo as informações antecipadas pela agência, as restrições de viagem continuarão a confinar os palestinos ao território.
Iraque recusa proposta da Turquia de operação contra curdos
O governo iraquiano recusou o plano do Exército turco de realizar uma operação militar conjunta contra os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), informou nesta segunda-feira a imprensa turca, citando fontes do Executivo de Bagdá.
A Turquia lançou recentemente uma grande ofensiva militar contra os militantes curdos que se refugiam principalmente na fronteira entre a região do Curdistão e o norte do Iraque.
O Iraque desaprova as intervenções militares turcas em sua fronteira, alegando que as ações violam a soberania do Estado iraquiano.
A participação na ofensiva do Exército turco é descartada porque poderia incitar o ódio da população curda -- que vive na Turquia, um país profundamente dividido em diferentes etnias e grupos religiosos -- contra o Iraque.
O porta-voz do governo iraquiano, Ali Al Dabbagh, solicitou à Turquia que solucione seus problemas dentro da estrutura política do chamado "mecanismo tripartite", que envolve Washington, Ancara e Bagdá.
"Para que o problema se resolva pelas vias apropriadas, deve-se continuar buscando uma solução [ao conflito curdo]" de acordo com as políticas tripartites, afirmou Al Dabbagh
O PKK -- considerado um grupo terrorista pelos EUA, Turquia e União Europeia -- tem realizado ataques militares desde 1984 reclamando a independência de mais de 12 milhões de curdos que vivem em território turco.
Desde então, cerca de 42 mil pessoas (destes, 6.000 civis) morreram nos conflitos entre curdos e tropas turcas.
Ofensiva
Ainda na sexta-feira (2) os combates entre turcos e curdos se intensificaram com os bombardeios do Exército turco contra o Curdistão. Cerca de 10 mil homens e helicópteros militares foram enviados à região da fronteira com o Iraque.
A ação é uma resposta a ataques recentes do PKK contra militares, e aos enfrentamentos quase diários no leste e no sudeste da Turquia. O número de militares mortos nos confrontos no primeiro semestre de 2010, 70, já supera o total de mortos no ano passado, o que elevou a pressão sobre o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, para responder com mais força.
Um líder da oposição nacionalista chegou a pedir no Parlamento em Ancara para que fosse declarado estado de exceção no sudeste do país.
Um porta-voz do PKK confirmou o bombardeio, mas disse que não houve vítimas, enquanto o líder do grupo, Abdulah Ocalan, que cumpre pena de prisão perpétua, pediu trégua. "Poderia iniciar-se um processo mútuo de não violência", disse.
O "processo", segundo Ocalan, requereria maior representação curda no Parlamento turco, abolição de leis antiterroristas usadas contra o PKK e a liberação de dezenas de pessoas presas por supostos vínculos com o grupo, exigências em geral rechaçadas por Ancara.
Os curdos representam de 15% a 20% da população turca.
Israel rejeita ameaça turca e nega pedido de desculpas por ataque a barco
"Nós não temos qualquer intenção de pedir desculpas. Nós pensamos que o oposto é válido", disse Lieberman a repórteres, durante uma visita à Letônia.
Em Israel, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, afirmou que a Turquia não pode apelar a ameaças ou ultimatos, se quiserem um pedido de desculpas. "Tudo nos leva a pensar que a Turquia tem outra agenda em mente", acrescentou, sem dar maiores detalhes.
Mais cedo, o jornal turco "Hurriyet" citou o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, dizendo que seu país cortará relações com Israel caso este não peça desculpas pelo ataque ao Mavi Marmara.
"Israel tem três opções: eles devem se desculpar ou reconhecer uma investigação internacional e imparcial do caso e as suas conclusões", declarou o chanceler.
"Nós lhe mostramos uma saída: se eles se desculparem baseados na conclusão da sua própria investigação, seria ótimo para nós. Mas é claro que primeiro temos que vê-la", disse o ministro turco sobre a investigação interna israelense sobre o ataque.
A Turquia, que retirou seu embaixador de Israel e cancelou os exercícios militares conjuntos, exige uma investigação internacional, além de um pedido de desculpas, indenização às vítimas e a devolução da embarcação.
Israel iniciou há uma semana os trabalhos da comissão de investigação sobre o ataque e deve levar o premiê Binyamin Netanyahu a depor.
Em declaração à imprensa, o líder da comissão e juiz aposentado do tribunal supremo israelense, Jacob Turkel, disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, Gaby Ashkenazi, também serão convocados em breve.
O órgão, contudo, tem como objetivo esclarecer os fatos e não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões. O grupo conta com dois observadores internacionais sem direito a voto: o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor general do Exército do Canadá.
Os navios com ajuda humanitária navegavam rumo a Gaza para tentar romper com o bloqueio imposto por Israel contra o governo do grupo islâmico radical Hamas. O país insiste que as tropas envolvidas na ação agiram em defesa própria, depois de serem atacadas por ativistas a bordo. Os passageiros afirmam que os israelenses dispararam sem qualquer tipo de provocação.
Na França, dois ministros renunciam em meio a escândalo de corrupção
O governo de Nicolas Sarkozy- imerso em escândalo de corrupção que envolve a L'Oreal - amarga nesta segunda-feira a renúncia de dois ministros acusados de gastos excessivos e envolvimento em ações ilícitas pela imprensa francesa.
Alain Joyandet, secretário de Estado da Cooperação, e Christian Blanc, encarregado da pasta de Desenvolvimento da Grande Paris, apresentaram neste domingo suas renúncias ao governo, que as aceitou, informou a Presidência da República.
O próprio presidente Sarkozy e seu primeiro-ministro, François Fillon, pediram para os ministros se demitirem, informou o porta-voz Luc Chatel, esclarecendo que a decisão ocorreu para que assumissem as consequências de "fatos ocorridos nestes últimos dias, os quais os franceses não entenderam nem aceitaram".
Substituições
As funções de Joyandet ficarão a cargo do ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e as de Blanc ficam nas mãos do titular da pasta de Espaço Rural, Michel Marcier.
Alain Joyandet e Christian Blanc tinham sido alvo de críticas na imprensa por conta de seus excessivos gastos.
"O homem de honra que sou não pode aceitar ser vítima de um amálgama. Depois de muita reflexão, decidi sair do governo", explicou em seu blog Alain Joyandet, que se ocupava sobretudo das relações entre a França e países africanos.
Joyandet foi criticado em duas ocasiões durante os últimos meses pela imprensa: uma primeira vez em março, por ter alugado um avião privado por 116.500 euros para uma viagem ministerial a Martinica (Antilhas), e outra em junho, acusado de ter se beneficiado de uma permissão de construção ilegal para ampliar a casa que possui perto de Saint-Tropez, no sul da França.
"Não foi desviado dinheiro para meu enriquecimento pessoal ou o de meus familiares", disse Joyandet, que diz ter "trabalhado pelos países em desenvolvimento, pelo reforço de nossos vínculos com a África e pela promoção da francofonia no mundo".
O secretário de Estado do Desenvolvimento da Região de Paris, Christian Blanc, foi muito criticado por ter gastado 12.000 euros em charutos cubanos às custas de fundos públicos.
Escândalo
Estas duas renúncias ocorrem em meio a uma série de polêmicas em torno de diversos ministros franceses por seu modo de vida e seu suposto envolvimento em casos político-judiciais. A polêmica não parou de crescer nas últimas semanas.
O caso mais ventilado foi o do ministro do Trabalho, Eric Woerth, suspeito de "conflito de interesses" por ter desempenhado o cargo de ministro do Orçamento (de 2007 a 2010), quando sua mulher administrava parte da fortuna da herdeira da gigante dos cosméticos L'Oréal, Liliane Bettencourt, sobre a qual pesavam suspeitas de fraude fiscal.
Outros membros do governo foram criticados por se hospedar em hotéis caros e por emprestar suas residências oficiais a familiares.
Piratas somalis sequestram embarcação com 18 marinheiros filipinos
Segundo a Navfor, o Motivator, de bandeira das ilhas Marshall, sofreu um ataque pirata na madrugada de domingo. O sequestro só foi confirmado na manhã desta segunda-feira, quando a comunicação com o barco foi perdida.
Após a notificação, os tripulantes da Operação Atalanta da Navfor tentaram sem sucesso entrar em contato com a embarcação, que pesa 13.065 toneladas e transporta óleo lubrificante.
A Operação Atalanta tem como objetivo principal escoltar os navios mercantes que transportem ajuda humanitária dentro do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e as embarcações da Missão da União Africana na Somália (Amisom).
A expedição também protege os navios mais vulneráveis dentro do golfo de Áden e no oceano Índico e se encarrega de vigiar a atividade pesqueira no litoral da Somália.
Os piratas somalis mantêm mais de uma dúzia de navios e centenas de tripulantes sob seu poder. A pirataria mostrou-se uma forma de obter riqueza em um país que não vê governo efetivo desde 1991.
Nos últimos meses vários navios chineses foram atacados no golfo de Áden e dois deles sequestrados. A China participa da armada internacional que patrulha a área para evitar ataques piratas.
Agência espacial japonesa acha partículas em cápsula que viajou a asteroide
A Jaxa (agência espacial japonesa) achou "partículas diminutas" no interior da cápsula "Hayabusa", que retornou à Terra em junho após uma viagem de sete anos com a missão de recolher mostras de um asteroide.
Segundo informou nesta segunda (5) o canal de televisão NHK, as análises microscópicas do interior da cápsula revelaram a presença de partículas de até um milímetro, embora ainda se desconheça se pertencem ao asteroide ou se é matéria terrestre que contaminou a sonda antes de seu lançamento.
A Jaxa deve agora começar as análises sobre as partículas para comprovar se alguma pertence ao asteroide Itokawa, sobre o qual a cápsula pousou em 2005, embora os resultados só devam ser conhecidos em agosto, informa a NHK.
Se for confirmado que procedem do Itokawa, as partículas seriam as primeiras amostras de um asteroide recolhidas no espaço exterior.
Líder palestino nega avanços em negociações indiretas com Israel
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assegurou nesta segunda-feira que não houve avanços nas negociações indiretas entre palestinos e israelenses, que acontecem desde o dia 9 de maio com mediação dos Estados Unidos.
Abbas fez as declarações a editores de jornais jordanianos, reproduzidos nesta segunda-feira pela imprensa local.
Há dois dias, foi encerrada a quinta rodada do diálogo indireto de paz. Amanhã, o assunto deve estar na pauta da reunião entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Washington.
Em princípio, este diálogo indireto deveria passar para contatos diretos em setembro deste ano. O processo, contudo, ocorre sob grande desconfiança dos palestinos, que negaram reiteradamente voltar à mesa de negociação enquanto Israel não paralisasse totalmente a ampliação das colônias nos territórios palestinos.
Abbas afirmou que a ANP apresentara aos EUA uma versão definitiva sobre vários assuntos, como o status de Jerusalém Oriental ou a delimitação das fronteiras e a situação da segurança. "Se Netanyahu reconhece que estes assuntos são negociáveis, significa que está havendo progressos e que poderemos avançar rumo a conversas diretas", disse Abbas.
No entanto, advertiu que em caso de não acontecer nenhum progresso antes de setembro, os ministros de Relações Exteriores árabes se reunirão para decidir que caminho seguir.
O líder palestino reiterou que não renunciará a Jerusalém Oriental, embora tenha mostrado sua disposição a aceitar leves mudanças por ambas as partes na delimitação das fronteiras de 1967.
Ministro italiano renuncia duas semanas após ser nomeado
DA EFE, EM ROMA (ITÁLIA)
O ministro para a Execução do Federalismo da Itália, Aldo Brancher, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia, pouco mais de duas semanas depois de ser nomeado, em 18 de junho.
Brancher não resistiu ao escândalo criado após pedir para ser acolhido sob a Lei do Legítimo Impedimento para não ir a seu julgamento por lavagem de dinheiro e apropriação indevida.
A lei foi aprovada pelo Senado italiano em março deste ano e permite ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e ministros do governo faltar em audiências de processos em que estejam sendo julgados para cumprir a agenda de compromissos institucionais.
O argumento usado pelo Executivo ao apresentar o projeto foi de que a lei seria uma norma necessária para que haja "um sereno desenvolvimento das funções atribuídas pela Constituição".
O anúncio da renúncia foi feito pelo próprio ministro em uma sala do Tribunal de Milão, onde foi para a audiência do processo e no qual também expressou sua renúncia à Lei do Legítimo Impedimento.
Nova premiê australiana descarta criar comunidade Ásia-Pacífico
Julia Gillard afirmou a um jornal local que criação de bloco é "pouco provável"
Sydney - A nova primeiro-ministra da Austrália, Julia Gillard, descarta a criação da comunidade da Ásia-Pacífico que tinha proposto seu antecessor, Kevin Rudd, a quem desbancou do poder há duas semanas, segundo informa a imprensa do país. Em declarações a "The Sydney Morning Herald", Julia disse que lhe parece "pouco provável que se dê o grau de movimento" necessário para que a proposta de Rudd alcance seu objetivo.
A premiê acrescentou que foram "abertas conversas sobre a arquitetura regional, o que é bom", mas sugeriu que a Austrália renuncia a qualquer tipo de liderança. O enviado especial de Rudd para a criação do novo espaço multilateral, Richard Woolcott, disse, por outro lado, que o projeto "não está morto, está ativo, ainda tem vida" e acrescentou que foram feitos avanços consideráveis.
Woolcott assegurou que o Governo de Julia continua construindo a criação do bloco Ásia-Pacífico "em interesse da Austrália e internacional". O ex-primeiro-ministro, Kevin Rudd, anunciou em junho de 2008 sua intenção de criar em 2020 uma comunidade Ásia-Pacífico, ao estilo da União Europeia, que integrasse os 21 membros do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) e a Índia.
A Comunidade Ásia-Pacífico idealizada por Rudd incluía um acordo regional de livre-comércio e um espaço para a cooperação em assuntos como o terrorismo, e a segurança energética e de recursos naturais. Integram o Apec: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia, Cingapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã.Fonte:Efe
Judeus se preparam para construir 2.700 novas casas na Cisjordânia, diz jornal
Segundo o jornal, as autoridades regionais dos assentamentos querem retomar a expansão a partir do próximo dia 27 de setembro, quando acaba a moratória de dez meses imposta para possibilitar o início de conversas de paz indiretas com os palestinos.
O conselho regional de Shomron, no norte da Cisjordânia, planeja iniciar a edificação de 800 casas e as autoridades locais deram instruções para que as colônias comecem dar novas permissões de construção e retomem o planejamento urbanística.
O conselho de Netanyahu, também no norte da Cisjordânia, está "trabalhando para lançar as bases à construção futura, já que 1.200 unidades foram autorizadas, principalmente nos assentamentos de Shilo, Talmonim e Kfar Adumin", assegura o jornal, acrescentando que a região de Oranit planeja iniciar outras 600 casas.
Israel provocou indignação nos EUA em março, quando, durante visita do vice-presidente Joe Biden, anunciou um plano para construir 1.600 casas para judeus em uma área da Cisjordânia ocupada que considera fazer parte de Jerusalém.
Israel assegurou a Washington que os trabalhos de construção no assentamento Ramat Shlomo não começariam antes de pelo menos dois anos.
O anúncio atrasou o início das conversas indiretas de paz, mediadas pelos EUA, já que os palestinos exigem o congelamento das novas construções como condição para dialogar.
Explosão em instalação militar deixa seis mortos na Sibéria
Ao menos seis pessoas morreram em uma explosão ocorrida em uma instalação militar na Sibéria (Rússia), informaram as agências de notícias russas.
As vítimas foram dois engenheiros militares, um major e um coronel, e quatro funcionários de uma firma de munições local.
Os seis transportavam pólvora e munições em um caminhão no local de treino de tiros, localizado na região de Altai, sul da Sibéria, segundo as agências Ria Novosti e Interfax. A região fica na fronteira entre a Sibéria e a China, Cazaquistão e Mongólia.
A explosão aconteceu no sábado passado (3), mas só foi divulgada nesta segunda-feira.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, o Ministério de Defesa russo rejeitou relatos de que a instalação pertence ao governo e afirmou que nenhum militar foi morto no acidente. Uma investigação foi aberta para descobrir a causa da explosão.
Este foi o quarto acidente fatal envolvendo transporte de explosivos por militares russos nos últimos oito meses, segundo a Ria Novosti.
Hillary chega à Geórgia para reafirmar apoio americano
DA EFE, EM TBILISI (GEÓRGIA)
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou nesta segunda-feira à Geórgia para reafirmar o respaldo dos Estados Unidos às reformas internas do país e em sua queda de braço com a Rússia pelas regiões separatistas de Abkházia e Ossétia do Sul.
Hillary conclui na Geórgia uma viagem pelo leste europeu e o Cáucaso Sul, que já a levou à Ucrânia, Polônia, Azerbaijão e Armênia, pouco depois do anúncio da retomada das relações americanas com a Rússia.
Ela foi recebida no aeroporto de Tbilisi pelo ministro de Relações Exteriores georgiano, Grigol Vashadze.
Durante as seis horas que durará a visita, Hillary se reunirá com um grupo de mulheres, realizará negociações com o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, e membros de seu governo e se reunirá brevemente com representantes da oposição.
Na Armênia, a secretária assegurou que a vontade dos EUA de melhorar sua relação com a Rússia não impede que ambos os países discordem em assuntos como a guerra entre Rússia e Geórgia de agosto de 2008 e o reconhecimento por Moscou da independência de Abkházia e Ossétia do Sul.
Além de Rússia, apenas Nicarágua, Venezuela e o pequeno Estado micronésio de Nauru reconheceram a independência de Abkházia e Ossétia do Sul.
"Não estamos de acordo com a presença de tropas russas na Abkházia e Ossétia do Sul. A Geórgia vai continuar defendendo seus interesses, e nós apoiamos essa postura", especificou a chefe da diplomacia americana.
Ela disse, contudo, que os EUA colaboram com a Rússia na regra do conflito armênio-azerbaijano pelo enclave de Nagorno Karabakh.
Isaf reorganiza suas tropas no sudoeste do Afeganistão
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) reorganizou suas tropas no sudoeste do Afeganistão, onde se encontram alguns das fortificações mais resistentes dos talibãs, informou nesta segunda a organização. Cerca de 30 mil soldados estarão sob comando do recém criado Comando Regional do Sudoeste (RCSW, sigla em inglês), que inclui as conflituosas províncias de Nimroz e Helmand, esta última cenário de frequentes combates contra os insurgentes.
Segundo informou a Isaf em comunicado, a organização celebrou um ato este domingo em Helmand para marcar a reorganização de suas forças no sudoeste, que contou com a participação de vários altos oficiais e militares afegãos na região. O RCSW será formado por tropas procedentes dos Estados Unidos, Reino Unido, Geórgia, Dinamarca, Barein e Estônia, que trabalharão junto ao Governo afegão e as forças de segurança para "levar segurança" à região, segundo a Isaf.
"Trata-se de uma progressão militar natural, baseada no número de soldados destinados aqui e a prioridade que representam as regiões de Helmand e Nimroz", afirma na nota o novo comando da força, o marine e geral americano Richard Mills. O objetivo da reorganização é que os comandantes da Isaf no sul possam se concentrar em áreas geográficas menores, garantir uma melhor coordenação entre as tropas internacionais e afegãs e melhorar a segurança, segundo a organização. "O estabelecimento do RCSW aumenta significativamente a capacidade das forças de segurança afegãs para cooperar com a Coalizão", segundo o general David Rodríguez, do comando conjunto da Isaf.
A reorganização do comando sudoeste coincide com a visita ao país do novo chefe dos soldados internacionais no Afeganistão, o general David Petraeus, que assumiu o comando das tropas este domingo em cerimônia em Cabul. Petraeus afirmou que a guerra afegã está em um "momento crítico".Fonte:Efe
Companhia aérea vai testar lugares para passageiros viajarem de pé
da BBC Brasil
Uma conhecida companhia aérea europeia especializada em voos baratos disse ter planos de oferecer lugares para passageiros viajarem em pé em seus aviões, com passagens que custariam 4 libras (cerca de R$ 10).
A irlandesa Ryanair, que recentemente gerou polêmica ao anunciar que pretendia cobrar 1 libra (cerca de R$ 2,70) pelo uso dos banheiros a bordo dos aviões, afirmou que pretende oferecer as passagens para viagens em pé justamente com os recursos arrecadados na utilização dos sanitários.
O plano é remover as últimas dez fileiras de assentos dos 250 aviões da companhia e substitui-los por 15 fileiras de assentos verticais. Dois banheiros da parte de trás também poderiam ser removidos.
Companhia aérea vai testar lugares para passageiros viajarem de pé
De acordo com o presidente-executivo da Ryanair, Michael O'Leary, testes para avaliar a segurança dos assentos verticais serão realizados no ano que vem.
As mudanças ajudariam a incluir entre 40 e 50 passageiros a mais em cada voo.
Os passageiros continuariam usando cintos de segurança, que passariam por cima do ombro, assim como os utilizados atualmente pela tripulação durante os voos.
Segurança
O projeto foi detalhado em um programa de TV no Reino Unido e recebeu críticas da Autoridade de Aviação Civil do país, que questionou a segurança dos assentos.
A Agência de Segurança de Aviação Europeia (Easa, na sigla em inglês) também reagiu negativamente à ideia, dizendo que suas regras teriam de ser reescritas para que fossem permitidos assentos verticais nos voos da Ryanair.
As especificações da Easa ditam que "um assento tem de ser oferecido para cada ocupante que completou seu segundo aniversário".
"Esta ideia é inédita e improvável de ser aprovada em um futuro próximo", afirmou um porta-voz da Easa.
Já o porta-voz da companhia Stephen Mcnamara disse que eles estão "confiantes que os assentos vão passar nos testes de segurança".
"A Boeing consegue mandar um homem para a lua, então tenho certeza de que eles conseguem transformar estes (assentos) em um sucesso", afirmou McNamara.
A companhia admite, porém, que as duas ideias inovadoras --cobrança pelo uso de banheiros e assentos verticais-- estão em "fases bem iniciais".
Os testes de segurança começariam em 12 meses e os planos são viabilizar o projeto em um prazo de entre 18 meses a dois anos.
Além disso, os aviões com assentos verticais seriam inicialmente utilizados apenas em voos de curta duração, de menos de uma hora, apesar de haver planos de instalar os lugares alternativos também em voos mais longos no futuro.
A Ryanair se defendeu das acusações de que suas ideias são apenas uma forma de atrair publicidade.
"As pessoas sempre são lentas para aceitar as mudanças que a indústria de aviação enfrenta, apesar de ela já estar praticamente irreconhecível se comparada àquela existente há 20 ou 30 anos", disse o porta-voz da companhia.
"Nós já retiramos balcões de check-in, uma ideia que há dois anos as pessoas consideravam uma piada. Nós acreditamos completamente que estas novas propostas são o futuro."
Morre 1º ativista sob mandato do novo presidente filipino
Segundo a Polícia, dois homens em motocicletas dispararam pelo menos quatro vezes contra Baldomero enquanto este se preparava para levar ao colégio seu filho de 12 anos. Durante a juventude, o ativista hava sido membro da guerrilha comunista do Novo Exército do Povo. Baldomero morreu aos 61 anos de idade.
O secretário-geral da Bayan Muna (Povo Primeiro), Renato Reyes, exigiu a Aquino que condene à morte, empregue "toda a força da lei para prender os assassinos" e deixe claro a policiais e militares "que estes crimes devem terminar e seus autores serão condenados". "Devem rodar cabeças nas Forças Armadas das Filipinas. Se não, o clima de impunidade continuará", acrescentou Reyes.
Há dois dias, o apresentador de televisão José Daguio foi o primeiro jornalista assassinado sob o mandato de Aquino, que sucedeu no posto Gloria Macapagal Arroyo no dia 30 de junho. Durante os nove anos de mandato de Arroyo, quase 900 pessoas perderam a vida em execuções sumárias na "guerra suja" das forças de segurança contra os rebeldes maoístas, segundo as organizações de direitos humanos.Fonte:Efe
Naufrágio deixa 50 desaparecidos em Bangladesh
Pelo menos 50 pessoas, entre elas mulheres e crianças, estão desaparecidas após o naufrágio do barco no qual viajavam pelo rio Shitalakkhya, no centro de Bangladesh, informou hoje uma fonte oficial.
O fato aconteceu neste domingo, quando um barco de mercadorias chocou contra outra embarcação, disse ao jornal bengalês "The Daily Star" o oficial de Polícia Aktar Hossain, da delegacia de Narayanganj Sadar.
O barco de passageiros, com mais de 100 pessoas a bordo, saiu do porto de Tanbazar, e ao se dirigir para o centro do rio foi investido por outra embarcação que transportava uma carga de areia, explicou Hossain.
"Cerca de 20 ou 30 passageiros foram resgatados imediatamente após o fato, enquanto seis dos feridos foram internados em diferentes hospitais locais", acrescentou.
A Autoridade de Transporte Aquático Interior de Bangladesh iniciou trabalhos de resgate com ajuda do serviço de bombeiros e a organização de Defesa Civil, mas as buscas foram suspensas de madrugada sem ter achado nenhum corpo.
Aeroporto JFK reabre após falso alerta de bomba
DA EFE, EM NOVA YORK
As autoridades de Nova York reabriram na noite deste domingo o aeroporto internacional John F. Kennedy, após um de seus terminais ter sido esvaziado por causa de um alarme falso de bomba, informaram fontes da Autoridade Portuária de Nova York e de Nova Jersey.
O terminal número 1 foi esvaziado por volta das 19h (horário de Brasília) depois de uma ligação anônima, na qual uma pessoa dizia que havia uma bomba nas instalações aeroportuárias, informou a rede de televisão "CNN".
As autoridades do aeroporto disseram depois que tratava-se de um alarme falso. O terminal ficou fechado por duas horas.
O fato aconteceu no dia que os Estados Unidos comemoram sua festa nacional, o Dia da Independência.
Segundo a "CNN", além do telefonema que teria resultado em um falso alarme, funcionários do aeroporto encontraram uma mochila abandonada.
As autoridades decidiram esvaziar o terminal como medida de precaução. No momento da ação, havia cerca de 300 pessoas no local.
Apoio ao Governo japonês cai nas pesquisas antes de eleições ao Senado
Em uma pesquisa publicada no jornal "Asahi Shimbun", o apoio ao Gabinete de Kan ficou em 39%, contra 48% da enquete realizada uma semana antes.
O "Yomiuri Shimbun" mostrou uma queda do índice de aprovação do primeiro-ministro e de sua equipe de 50% para 45% em uma semana.
A imprensa atribui esta queda à proposta de Kan de aumentar o imposto ao consumo de 5% para 10% para melhorar a saúde fiscal do país.
Apesar da redução do apoio, as projeções apontam que no pleito para o Senado o Partido Democrático (PD) de Kan seguirá na frente de seu principal rival, o opositor Partido Liberal-Democrata (PLD).
Trinta por centro dos entrevistados pelo "Asahi" disseram que votarão no PD de Kan, abaixo de 39% anterior, enquanto 17% se inclinam pelo opositor PLD, o que representa um aumento de dois pontos.
O "Yomiuri" situa as intenções de voto em 28% para o PD e 16% para o PLD.
As eleições parciais ao Senado renovarão a metade dos assentos da Câmara Alta da Dieta (Parlamento) e são vistas como a primeira prova nas urnas para o PD, que chegou ao poder em agosto passado com uma vitória eleitoral que pôs fim a mais de 50 anos de domínio conservador do PLD.
Incêndio em ônibus deixa pelo menos 24 mortos na China
Pelo menos 24 pessoas morreram e 19 ficaram feridas após o incêndio de um ônibus na cidade de Wuxi, leste da China.
O acidente aconteceu neste domingo na província de Jiangsu quando o ônibus que transportava 45 trabalhadores de uma companhia siderúrgica pegou fogo.
Os serviços de resgate levaram os feridos aos hospitais mais próximos.
O governo local pediu que se averiguem as causas do acidente.
Uma pessoa morre e 23 ficam feridas em desfile do dia da Independência nos EUA
Ao menos uma mulher de 60 anos morreu e outras 23 pessoas ficaram feridas neste domingo (4), após dois cavalos saírem em disparada durante um desfile do dia de Independência dos Estados Unidos, na localidade de Bellevue, no Estado de Iowa, informou a polícia local.
Segundo as autoridades policiais, dois cavalos que puxavam uma carroça saíram em disparada e atropelaram os espectadores de um desfile entre elas uma mulher de 60 anos, que morreu, e a outras 23 pessoas que ficaram feridas, quatro delas gravemente.
Equipes resgatam feridos durante desfile do dia da Independência americana nos Estados Unidos
Entre os feridos estão duas crianças que recolhiam balas lançadas durante o tradicional desfile de Bellevue, uma localidade de cerca de 2.300 pessoas na fronteira entre Iowa e Illinois.
A polícia indicou que, aparentemente, os cavalos se soltaram quando um deles roçou sua cabeça contra o outro e conseguiu tirar seu cabresto, e ambos saíram galopando, achatando algumas das pessoas que assistiam ao desfile.
A carreta tombou e lançou pelos ares seus dois passageiros, acrescentou a polícia, que não identificou a vítima, mas indicou que esta morreu no hospital da Universidade de Iowa, em Iowa City.
Equipes de socorro ajudaram as vítimas, enquanto alguns voluntários instalaram tendas de campanha para proteger os feridos do intenso calor, e outros ofereciam gelo e água, até que foram levados em ambulância ou helicóptero a vários hospitais da região.
Estampido de cavalos causou ao menos morte no Estado de Iowa em desfile do 4 de julho
Vários moradores da região ajudaram fazendo ligações ou enviando mensagens de texto para pedir ajuda médica para as vítimas, segundo o prefeito de Bellevue, Virgil Murray.
Murray elogiou a solidariedade do povo, mas lamentou o insólito incidente porque até o acidente ocorrer o desfile -- assistido por cerca de 4.000 pessoas -- se desenvolvia normalmente conforme a tradição da cidade mantida há décadas.
"Na realidade nunca tínhamos tido uma tragédia", acrescentou o prefeito.
O governador de Iowa, Chet Culvert, emitiu um comunicado no qual disse estar "especialmente triste" pelo acidente.Fonte:Folha SP
China condena geólogo americano a oito anos de prisão por vazar dados secretos
O geólogo americano nascido na China Xue Feng, 44, foi condenado a oito anos de prisão após negociar a venda de uma base de dados de uma indústria petrolífera chinesa para a empresa onde trabalhou, a consultoria IHS Energy, com sede no Colorado (EUA).
Xue também terá que pagar uma multa de US$ 29.450 [cerca de R$ 52.000] por tentar vender as informações do setor energético -- protegidas por sigilo de Estado na China.
O cientista foi detido em 2007 quando pretendia voltar para os Estados Unidos, indicou um comunicado da fundação Dui Han, grupo de defesa de direitos humanos de prisioneiros em solo chinês.
O embaixador americano na China, Jon Huntsman, que estava presente quando foi pronunciado o veredito, lamentou a severidade da sentença, indicou a porta-voz da embaixada, Susan Stevenson.
"Obviamente a sentença parece muito extrema, especialmente quando as evidências foram tão fracas que o promotor teve que retornar o caso à polícia duas vezes e o tribunal teve que devolver o caso à promotoria duas vezes e após o julgamento levar quase um ano para divulgar seu veredito", disse Jerome Cohen, professor de Direito na New York University, que presta assessoria jurídica à família de Xue.
"A proteção dos cidadãos americanos no exterior é nossa prioridade absoluta. Continuaremos visitando-o e conversando sobre seu caso com o governo chinês", acrescentou a embaixada americana em Pequim.
Xue e seu empregador afirmaram pensar que a base de dados podia ser adquirida de maneira comercial. A lei que incluiu tais informações sob a regra do sigilo de Estado foi criada após o geólogo ter tentado vendê-las, informou a fundação Dui Han.Fonte>Folha SP
Mineiros chineses morrem intoxicados em uma mina de carvão
Nove mineiros morreram em uma mina de carvão da província central chinesa de Henan por intoxicação com monóxido de carbono, informou hoje a agência de notícias oficial Xinhua.
Três dos mineiros morreram no interior da mina ontem, domingo, e os outros seis no hospital onde foram internados para serem atendidos, de acordo com um responsável de mineração do Governo local, Liu Xianghua.
A mina, propriedade da companhia Dongsheng Mining, mostrou altos índices de monóxido de carbono por volta das 20h (hora local de ontem, 9h de domingo de Brasília), quando em seu interior trabalhavam dois mineiros. Sete outros foram então enviados ao interior para investigar o problema, perdendo-se finalmente o contato com todos.
México: sondagem indica vitória do PRI em 10 estados
O Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México durante 71 anos até 2000, quando foi derrubado pelo conservador Partido Ação Nacional (PAN), teria ganho as eleições em dez estados, mas poderia perder duas de suas principais fortificações, segundo dados preliminares.Em declarações à imprensa, separadamente, os líderes do PRI, PAN e do esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), principais forças nesta disputa nas quais o segundo e terceiro foram em aliança, saíram para anunciar sua vitória baseados em seus resultados preliminares.A empresa Consulta Mitofksky dá ao PRI vitórias em nove estados. Para a aliança PAN-PRD, as pesquisas da Mitofsky dão o triunfo em Oaxaca, um dos estados mais pobres do país e com ampla população indígena que o PRI governou ao longo de oito décadas. A Mitofsky afirma que em Puebla e Sinaloa os resultados estão fechados, por isso que a empresa não aponta tendências.O líder do PAN, César Nava, disse em uma declaração à imprensa que a aliança que fez seu partido com o PRD está ganhando em Oaxaca e Puebla, outro estado reduto do PRI que o governou durante 80 anos.A presidente do PRI, Beatriz Paredes, disse à imprensa que, de acordo com seus dados, os candidatos de seu instituto, que em alguns estados foi em aliança com o Partido Verde Ecologista do México, tem resultados preliminares favoráveis em Aguascalientes, Durango, Quintana Roo, Sinaloa, Tamaulipas, Tlaxcala, Veracruz e Zacatecas.Sobre Puebla, o líder do PRI disse que reúne informação para dar detalhes, mas disse que a tendência é que ganham nesse estado.Quanto a Oaxaca, disse que apresentaram uma queixa perante o órgão eleitoral.Os institutos estatais eleitorais (cada um dá separadamente os resultados de seus pleitos) começaram a publicar a conta gotas a apuração dos votos, e na maioria dos casos às 21h (horário local, 23h de Brasília do domingo) há menos de 5% da apuração dos sufrágios.Entre os estados onde se superou essa percentagem estão Aguascalientes, onde o PRI ganha com 46,82% quando tinham sido contados 12,24% dos votos; em Durango, o PRI triunfa com 48,03% (16,04% dos votos computados) e Tamaulipas, onde o PRI ganha com 103.000 votos contra o PAN que leva 48.500 dos sufrágios, com 17,85% da apuração.Fonte:Reuters
Komorowski será o próximo presidente da Polônia
O liberal Bronislaw Komorowski ganhou por estreita margem as eleições presidenciais polonesas realizadas neste domingo, nas quais o conservador Jaroslaw Kaczynski saiu derrotado. A Comissão Eleitoral informou que, com 95% das cédulas apuradas, Komorowski obteve 52,63% de apoios, contra 47,37% de seu rival, o conservador Jaroslaw Kaczynski.
Os resultados respaldam a vitória do liberal depois da incerteza das primeiras recontagens, nas quais aconteceu uma reviravolta e Kaczynski chegou a superar Komorowski, situando-se momentaneamente como ganhador virtual das eleições. "Se este resultado se confirmar na apuração, será uma eleição boa e segura para os poloneses", afirmou após conhecer as primeiras pesquisas de boca-de-urna o primeiro-ministro, o também liberal Donald Tusk, que vinha reiterando a importância de votar em Komorowski para assegurar uma boa coabitação entre a Presidência e o Executivo.
Por sua vez, Bronislaw Komorowski evitou grandes triunfalismos após conhecer essas pesquisas e decidiu adiar a comemoração até os resultados oficiais, que chegarão nas próximas horas quando for contabilizada a totalidade das cédulas. Komorowski obteve maior número de apoios no Oeste do país, a região mais próspera, e nas principais cidades, enquanto Jaroslaw Kaczynski venceu no leste e nas áreas rurais, segundo acrescentou a autoridade eleitoral.
Após o fechamento dos colégios eleitorais, Kaczynski reconheceu a vitória apertada de seu rival e lhe transmitiu suas felicitações. O conservador apareceu rodeado de seus partidários, alguns vestidos com trajes folclóricos poloneses, e de sua sobrinha Marta, filha de seu irmão gêmeo e anterior presidente, Lech Kaczynski, morto no dia 10 de abril em um acidente de avião.
"Agora é preciso nos mobilizar e nos preparar para as parlamentares", disse Jaroslaw Kaczynski, enquanto os congregados, entre eles muita gente jovem, cantavam seu nome. "Ser vencido, mas não se render", afirmou o político conservador lembrando uma reunião do artífice da independência polonesa em 1918, Jozef Pilsudski, enquanto chamava a lutar pelas próximas eleições parlamentares.
Os dois candidatos já se enfrentaram no primeiro turno do dia 20 de junho, quando Komorowski foi de novo o mais votado, com 41% dos votos, contra 36% de Kaczynski, e 13% do líder da Aliança Democrática de Esquerda, Grzegorz Napieralski.
A vitória do liberal impede Jaroslaw Kaczynski de cumprir o desejo de continuar a "missão" de seu irmão gêmeo, Lech, algo que tinha prometido se conseguisse a Presidência do país. Estas eleições, inicialmente previstas para o outono (hemisfério norte), foram adiantadas após a morte do presidente anterior, Lech Kaczynski.
O cargo de presidente é exercido na Polônia durante um período de cinco anos e, embora seja essencialmente representativo, tem a possibilidade de vetar as normas elaboradas pelo Governo e tem a última palavra na ratificação dos tratados internacionais.Fonte:Efe
Sobe para 235 os mortos em explosão de caminhão no Congo
Caminhão-tanque ficou destruído após explosão
Foto: AFP
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Subiu para 235 o número de mortos na explosão de um caminhão carregado de gasolina ocorrido na sexta-feira no leste da República Democrática do Congo (RDC). Segundo números oficiais divulgados neste domingo pelas autoridades regionais, o número de feridos graves chega a 107.
Entre os mortos haveria cerca de 60 crianças. O acidente aconteceu em Sange, não muito longe da fronteira com Burundi, quando um caminhão-cisterna procedente da Tanzânia explodiu em pleno centro do povoado, segundo o porta-voz do governo provincial, Vincent Kabanga.
"Houve um movimento de pânico. O combustível derramou e gerou a explosão, que se propagou pelo povoado", disse Kabanga, acrescentando que muitas pessoas tentaram ainda roubar o combustível. O acidente teria ocorrido por excesso de velocidade, segundo a polícia de Bukavu.
O governador da província de Kivu Sul, Marcellin Cisambo, que confirmou os números de mortos aos jornalistas locais, constatou no lugar a destruição causada pelo incêndio ocorrido após a explosão.
Por sua vez, o porta-voz da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (Monusco), Madnodje Mounoubai, desmentiu que entre os mortos houvesse "capacetes azuis", como foi informado no princípio. A Monusco destacou uma equipe de oito pessoas especializadas no tratamento de queimados.
Enquanto isso, as autoridades congolesas começaram o sepultamento dos mortos em valas comuns, devido à dificuldade de identificação, já que os corpos estão totalmente carbonizados, segundo explicou ontem aos jornalistas locais o vice-governador de Kivu Sul, Jean-Claude Kibala Nkolde.
Muitos familiares assistiram ontem ao enterro simbólico de cinco corpos em um terreno cedido pela Monusco, enquanto em Sange foi declarada uma semana de luto.
Com informações das agências EFE e AFP.
Turquia ameaça romper relações se Israel não se desculpar por ataque a barco
O ministro de Negócios Estrangeiros da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou ao jornal turco "Hurriyet", que o seu país cortará relações com Israel caso este não peça desculpas pelo ataque ao barco turco "Mavi Marmara", em 31 de maio, quando o Exército de Israel matou nove ativistas humanitários que tentavam entregar ajuda à faixa de Gaza.
"Israel tem três opções: eles devem se desculpar ou reconhecer uma investigação internacional e imparcial do caso e as suas conclusões", declarou o chanceler.
Semana passada, Davutoglu participou de um encontro secreto com o ministro do Comércio israelense, Benjamin Ben-Eliezer, em Bruxelas.
"Nós lhe mostramos uma saída: se eles se desculparem baseados na conclusão da sua própria investigação, seria ótimo para nós. Mas é claro que primeiro temos que vê-la", disse o ministro turco sobre a investigação israelense sobre o ataque.
Porém, semana passada, o premiê Binyamin Netanyahu afirmou que Israel não pedirá desculpas pelo ataque ao navio. "Israel não pode se desculpar porque seus soldados tiveram que se defender para evitar ser linchados por uma multidão", defendeu o premiê entrevista à emissora de TV estatal israelense "Channel 1".
Em resposta a Netanyahu, o chanceler turco afirmou que, neste caso, os "laços nunca serão reparados".
"Eles estão cientes de nossas demandas. Se eles não querem desculpas, então devem aceitar uma investigação internacional", disse o ministro turco, acrescentando que a Turquia não irá esperar a decisão de Israel por tempo indeterminado.
Investigação
O governo israelense aprovou neste domingo a ampliação dos poderes da comissão interna que investiga o ataque ao navio turco.
O organismo poderá a partir de agora convocar testemunhas e pedir que declarem sob juramento, informou o Executivo em comunicado.
No entanto, o inquérito mantém suas principais limitações: seu objetivo continua sendo "esclarecer" os fatos (não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões) e seus dois observadores internacionais (o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor geral do Exército do Canadá) não têm direito a voto.
Está mantida a proibição aos membros do comitê de interrogar os soldados que participaram da abordagem.
Os juízes receberão apenas o resumo das respostas que deram ao grupo de analistas do próprio Exército israelense.
O objetivo da comissão será determinar se as ações do Estado de Israel para impedir a chegada do comboio humanitário a Gaza ocorreram de acordo com o direito internacional e pronunciar-se sobre a legalidade do bloqueio marítimo que mantém sobre a faixa palestina.
Espaço aéreo
Na última segunda-feira, o país decidiu fechar seu espaço aéreo para alguns dos voos militares israelenses. A medida é retaliação ao ataque.
Os navios com ajuda humanitária navegavam rumo a Gaza para tentar romper com o bloqueio imposto por Israel contra o governo do grupo islâmico radical Hamas. O país insiste que as tropas envolvidas na ação agiram em defesa própria, depois de serem atacadas por ativistas a bordo.
Em resposta às críticas dos EUA e de outros aliados, Israel depois do incidente atenuou o bloqueio à faixa de Gaza, autorizando a entrada de produtos com finalidades civis aos seus 1,5 milhão de habitantes. O bloqueio marítimo, no entanto, permanece.Fonte:Folha de SP